Uma reunião no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira, redefiniu protocolos de limpeza e desinfecção de aeronaves diante do surto de coronavírus na China. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a reunião esclareceu a comunidade aeroportuária sobre a situação do vírus e ressaltou as orientações de limpeza para evitar possível contágio.
O número de mortes por coronavírus na China chegou a 17 nesta quarta-feira, informou o governo chinês. Mais de 570 pessoas já foram infectadas e 177 estão em estado grave de saúde.
No Brasil, um caso suspeito foi identificado em uma mulher de 35 anos, em Belo Hrizonte, porém descartado ontem pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Ela foi internada com sintomas respiratórios de infecção, após passar por Xangai. Oficialmente, o Ministério da Saúde não registrou nenhum caso do vírus no Brasil até agora.
No entanto, explica a Anvisa, o Brasil tem adotado medidas de proteção. A Agência informou que está orientando equipes que trabalham em portos, aeroportos e fronteiras sobre a detecção de casos suspeitos, ressaltanto a utilização de equipamento de proteção individual.
Ainda de acordo com a Anvisa, o fornecimento de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores deve ser fornecido pelas companhias aéreas.
O protocolo de desinfecção das aeronaves deve ser executado em todo o país, mas aeroportos com maior fluxo de passageiros internacionais, como o de Guarulhos, estão sendo acompanhados mais de perto. No caso de voos que chegam direto da China, explica a Anvisa, agentes estão acompanhando o desembarque para orientar sobre os sintomas do coronavírus.
Além de intensificar os protocolos de limpeza e desinfecção das aeronaves e dos terminais, serão divulgados informes sonoros diariamente com orientações sobre o vírus. O alerta informa sobre os sintomas, como se proteger e o que fazer em casos suspeitos. Além da Anvisa, estavam na reunião as companhias aéreas, empresas instaladas no aeroporto e órgãos de saúde de São Paulo.
O que é o coronavírus?
O vírus que surgiu na província de Wuhan, no centro da China, no fim do ano passado, se espalhou para metrópoles chinesas como Pequim e Xangai, além de Estados Unidos, Tailândia, Taiwan, Coréia do Sul e Japão. A maior parte dos diagnósticos aconteceu nos últimos dias.
Os sintomas são nariz entupido, tosse, garganta inflamada, mal estar, febre e dor de cabeça. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a maior parte das pessoas contrai algum tipo de coronavírus durante a vida, e tende a se curar em poucos dias.
Mas algumas variantes do coronavírus podem afetar gravemente o sistema respiratório, causando pneumonia, sobretudo em indivíduos muito novos ou muito velhos, em portadores de doenças cardiopulmonares ou em pessoas com sistema imunológico debilitado.