Polícia Federal confundiu um megatraficante com um corretor de imóveis por conta de apelido armazenado em agenda telefônica.
Divulgação / Polícia Federal
Polícia Federal confundiu um megatraficante com um corretor de imóveis por conta de apelido armazenado em agenda telefônica.

Um corretor de imóveis morto há dois anos foi confundido com um megatraficante de drogas pela Polícia Federal (PF) em um relatório que foi ponto de partida para a Operação Patrón , última fase da Lava Jato do Rio de Janeiro. 

A lista de contatos telefônicos da empresária Cecy Mendes Gonçalves da Mota foi usada na investigação pela Polícia Federal. As evidências apontavam suspeitas da relação dela com traficantes. 

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A polícia encontrou o contato de uma pessoa chamada " Cabeça Branca " entre os contatos armazenados no celular de Cecy e achou que se tratasse do telefone do traficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido por esse apelido. O narcotraficante havia sido detido em 2017 e considerado um dos maiores criminosos do Brasil.

O contato, no entanto, era do corretor de imóveis Luiz Milton Leonardo de Almeida, que morreu em agosto de 2017 e também tinha como apelido "Cabeça Branca".

O número do corretor ainda é utilizado pela viúva, Sonia Maria de Almeida, de 61 anos. O contato foi citado no relatório da Polícia Federal e manteve os negócios de Luiz Milton fechados. 

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"Esse número sempre foi do meu marido. Estou muito triste com essa confusão", afirmou Sonia. "Meu marido sempre trabalhou como corretor. Nunca teve nenhum problema com a polícia. Agora, aparece aí como esse traficante de drogas que eu nunca vi na vida", disse Sonia ao Uol. 

O ex-marido de Sonia havia prestado serviços para Cecy, avaliando um imóvel que a família dela pretendia vender, o que justificaria o contato de Luiz na agenda. "Agora a cidade inteira está me ligando, fazendo piada, dizendo que vou ser presa ", afirmou Sonia, que hoje trabalha como cuidadora de um idoso.

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