Em entrevista coletiva na tarde deste domingo (1), o tenente-coronel Emerson Massera, da PM, disse que ainda não é possível avaliar se houve erro na atuação dos policiais militares que estiveram no baile funk em Paraisópolis, onde  nove pessoas morreram pisoteadas depois de um tumulto. Dos mortos, quatro já foram identificados. Um deles tem 14 anos de idade.

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"Tudo isso vai ser objeto de apuração. O que nos relataram é que foi uma ação muito rápida, não houve outra alternativa a não ser usar a munição que estava ao alcance. Precisamos aguardar o resultado do inquérito policial para verificar se teve algum erro ou algum problema. É cedo para acusar os policiais de cometer algo incorreto tecnicamente, assim como é cedo para defendê-los", disse Massera sobre o ocorrido em Paraisópolis .

Massera afirmou também que, durante a dispersão, os policiais utilizaram quatro granadas de efeito moral e duas de gás lacrimogênio, além de disparar oito tiros de bala de borracha. Até o momento, a PM descarta a informação repassada por testemunhas de que os policiais atiraram com armas de fogo.

"A informação é que foi somente disparo de elastômero (bala de borracha). Não sabemos de nenhum policial que atirou com arma de fogo. De qualquer forma, preventivamente apreendemos armas de policiais que participaram da ocorrência. Isso é uma praxe."

O tenente-coronel defendeu o uso de bala de borracha na operação. Segundo ele, em ocasiões como essa, a recomendação é o uso progressivo da força. "Começa com a verbalização, depois a contenção com munições químicas e, se necessário for, o elastômero. É claro que é um dos últimos recursos. Ali é possível que tenha sido empregada de maneira correta."

De acordo com ele, seis policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) participavam de uma operação de prevenção nos arredores do baile funk quando dois suspeitos passaram numa moto e foram abordados. Segundo ele, os suspeitos não pararam, atiraram contra os policiais e fugiram em direção ao baile funk. Havia cerca de 5 mil pessoas no local.

"No momento em que a polícia se deparou com o baile, o acompanhamento foi perdido. Os suspeitos usaram os frequentadores como escudo humano e os policiais tiveram de pedir reforço para sair dali", disse. 

Depois que a confusão começou, os policiais pediram reforço. No total, 38 agentes participaram da ação em Paraisópolis . Durante a correria, uma pessoa teria caído numa viela, depois outra e outra - assim teria de dado o pisoteamento.

Leia também: Testemunhas e polícia têm versões diferentes sobre tumulto em baile funk

O tenente-coronel firmou que nenhum dos dois suspeitos foi preso depois da perseguição. A polícia também não sabe suas identidades. A motocicleta também não foi apreendida.

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