Às vésperas de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a rescisão da delação premiada do empresário Joesley Batista , procuradores da força-tarefa Greenfield detectaram novas suspeitas de omissões em seu acordo, o que pode dificultar a situação do empresário e dos demais colaboradores do grupo perante o STF . Procurada, a defesa de Joesley afirmou que ele entregou todas as informações que tinha em sua delação e nega ter havido omissão.
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Na semana passada, a força-tarefa da Greenfield enviou um ofício para a Procuradoria-Geral da República (PGR) informando o que considerou serem as omissões. Autora do pedido de rescisão perante o STF, caberá agora à PGR avaliar se os novos fatos devem ser incluídos no julgamento do acordo, previsto para ser pautado no próximo ano no plenário do Supremo.
A omissão descrita no ofício envolve o primeiro caso no qual o grupo J&F, dono da JBS , foi investigado: a captação de R$ 550 milhões dos fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa) e Petros (da Petrobras) para a empresa Eldorado Celulose, um dos braços do grupo, que atualmente está sendo vendido. A Força-Tarefa Greenfield denunciou 14 pessoas envolvidas em crime neste caso e foi neste episódio que apontou a omissão.