Durante uma entrevista coletiva dada em junho deste ano, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), afirmou que os órgãos públicos não são responsáveis por realizar a fiscalização dos edíficios da capital cearense.
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Segundo o prefeito, a fiscalização das condições estruturais deve ser feita por entidades privadas. "É bom que se diga que a inspeção predial não é um ato da Prefeitura de Fortaleza, mas um ato privado", afirmou o gestor, que baseou sua fala na Lei de Inspeção Predial, que ainda não foi regulamentada.
Segundo Roberto Cláudio, os custos dos estudos prévios poderiam acarretar em um custo de até R$ 1 bilhão para a prefeitura da capital cearense.
Além disso, o prefeito mencionou que Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) realizou quase 23 mil visitas a prédios com o intuito de educar a população. Roberto Cláudio também atribuiu os desabamentos recentes à "clandestinidade" e a "ausência de responsabilidade" dos responsáveis pela fiscalização.
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Desabamento
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Quatro meses após a declaração do prefeito, um prédio residencial de sete andares desabou em Fortaleza. Até o momento, dez pessoas foram resgatadas, sendo que nove delas foram encontradas com vida. Autoridades estimam que outras dez pessoas estão desaparecidas nos escombros.