A Polícia Civil montará uma megaoperação para realizar logo mais a reconstituição da morte da pequena Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, atingida por uma bala perdida na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, no último dia 20.
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Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) darão apoio aos peritos da Delegacia de Homicídio da Capital (DHC). Por conta da localidade, que é classificada muito perigosa (que pode colocar a vida dos policiais e de terceiros em risco), a DHC vai usar pelo menos um blindado para chegar ao local.
A mãe de Ágatha , Vanessa Sales Félix e o motorista da Kombi participarão. Os 12 PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha que estavam na região no dia da morte também estarão presentes.
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Os agentes chegarão na comunidade para "estabilizar o terreno e isolar o local onde ocorreu a morte da menina". Só após essa estabilização que haverá a reconstituição — e isso deverá acontecer no horário que a menina foi alvejada, por volta de 19h. Os agentes pretendem fazer todo o trajeto da Kombi até o local onde Ágatha foi atingida.
A expectativa da Delegacia de Homicídios é que o laudo da perícia feita na Kombi saia nos próximos dias. Ele será anexado ao laudo cadavérico que já está em posse dos investigadores.
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli ( ICCE ) concluiu que não será possível saber de que arma saiu a bala que matou Ágatha. Isso porque apenas uma parte do projétil foi encontrada no corpo da menina . O laudo indicou, no entanto, que o fragmento "é adequado a arma de fogo tipo fuzil ". Ágatha sofreu uma perfuração nas costas. De acordo laudo do Instituto Médico Legal ( IML ), ela teve como causa da morte "lacerações no fígado, rim direito e vasos do abdômen".
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Até a última quarta-feira, a Polícia Civil já havia ouvido 20 testemunhas, entre elas os pais, dois tios da menina e 12 policiais militares. Ao todo, oito armas também foram apreendidas com os policiais para perícia. Em depoimento, eles alegam que somente três delas efetuaram disparos.