Os índices de desmatamento na Amazônia seguem em alta. Em agosto desse ano, foram detectados 886 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal , de acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Em comparação com o mesmo mês no ano anterior, esse número representa aumento de 63 por cento. Em 2018, foram registrados 545 quilômetros quadrados de devastação. O aumento tem sido constante, com ampliação significativa resultado das políticas do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
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Os dados são ainda mais alarmantes quando as queimadas e extrações seletivas de madeira são levadas em conta, em um índice chamado de “degradação”. Nesse cenário, foram computados 922 quilômetros quadrados, aumento de 675 por cento em comparação com agosto do ano anterior, que registrou 19 quilômetros quadrados. Destaque negativo para o estado do Mato Grosso, que contabiliza 45 por cento do total, e do Pará, com 42. O órgão responsável por analisar os dados do SAD é o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Neste mês, 48 por cento do desmatamento
na Amazônia
ocorreu em áreas públicas ou privadas em diferentes estágios de posse. Em sequência, 23 por cento foram em assentamentos
, 20 por cento em unidades
de conservação
e nove por cento em terras indígenas
. Os municípios que mais desmataram foram Altamira e São Félix do Xingu, ambos no Pará.
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A partir de agosto, o SAD começou a medir o desmatamento no Maranhão, o que não fazia até então. Entretanto, os números apresentados não contabilizam a devastação no estado, para não prejudicar a comparação. Os dados para a unidade nordestina serão apresentados à parte. Foram detectados sete quilômetros quadrados na Amazônia maranhense, que representa 24 por cento do território. O Imazon realiza o trabalho de monitoramento e divulgação do desmatamento na Amazônia há mais de uma década.