Prisão de suposto hacker que teria invadido celular de autoridades
Daniel Marenco/Agência O Globo
Prisão de suposto hacker que teria invadido celular de autoridades

Um dos alvos presos pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Spoofing , nesta quinta-feira (19), o programador de computadores Thiago Eliezer Martins , é suspeito de ser o mentor intelectual do suposto hacker Walter Delgatti Neto , que havia admitido as invasões ao Telegram das autoridades públicas.

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De acordo com as investigações, Eliezer era especialista em descobrir falhas em sistemas de informação e teria passado conhecimentos de informática para Delgatti Neto. Por causa de suas orientações, ele era até mesmo chamado pelo hacker pela alcunha de "professor". A PF agora investiga se Eliezer tinha ligação direta com as invasões realizadas por Delgatti. Os investigadores querem saber se o programador de computadores orientou o suposto hacker  ou mesmo se atuou diretamente nessas invasões.

Além de professor, Eliezer tinha a alcunha de "Crash" nas conversas entre o grupo de Walter Delgatti Neto. Também era conhecido pelo apelido de Chiclete.

A PF também apura a evolução patrimonial de Eliezer, para descobrir se ele constituía o braço financeiro do grupo. Os investigadores tentam descobrir se houve pagamentos para a invasão do Telegram das autoridades públicas. Para isso, a PF pediu — e a 10ª Vara da Justiça Federal já autorizou — a quebra do sigilo bancário de Eliezer.

Em relação ao outro preso, Luiz Molição, a PF tem indícios de que ele guardava parte das conversas obtidas na invasão do Telegram das autoridades. Os investigadores querem saber se ele também participou das invasões e qual foi o papel dele no vazamento das conversas para órgãos de imprensa.

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A primeira fase da Spoofing foi deflagrada em 23 de julho e prendeu, além de Delgatti, outros três alvos ligados a ele. Todos permanecem presos preventivamente. A PF agora busca um possível braço financeiro do esquema e ainda não descartou que o grupo tenha sido pago para realizar as invasões.

Procurada, a defesa de Eliezer não respondeu aos contatos da reportagem. A defesa de Luiz Monção não foi localizada.

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