Queimadas na Amazônia subiram 82% neste ano
Fernando Frazão/ABr
Queimadas na Amazônia subiram 82% neste ano

O governo confirmou hoje (24) que os estados de Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará pediram ajuda do Executivo federal para combater  incêndios florestais . Segundo o Ministério da Defesa, cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.

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A confirmação foi feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante entrevista à imprensa. Salles adiantou ainda que aguardava os pedidos de ajuda do Acre e de Mato Grosso. Ele participou de uma reunião na manhã deste sábado com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. 

Ontem (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal. 

Segundo o ministro da Defesa, a adesão dos governos locais é importante para que o trabalho de combate a crimes ambientais e a incêndios não se limitem às áreas federais.

"É importante a adesão dos governos senão nós vamos ficar limitados às áreas federais, que são as unidades de conservação e as terras indígenas. Já é alguma coisa, mas não é o suficiente. Tem que ser uma união de todos. Todo mundo ajudando é melhor", disse o ministro. 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que os estados terão apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos que pertencem à pasta, para o combate aos incêndios. 

"Não é possível desenvolver atividades de fiscalização sem o apoio estadual. Com a GLO Ambiental tenho certeza que, com envolvimento do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, teremos muita efetividade naquilo que já vínhamos tentando fazer com muita força desde o início do ano", afirmou. 

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Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas, que coordena as operações, as primeiras medidas foram tomadas neste sábado. Um helicóptero do Ibama e dois aviões de combate a incêndios serão enviados para Porto Velho. 

Um centro de operações instalado no ministério coordena as ações. 

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também disse que a pasta tem previsto no orçamento R$ 28 milhões para gastos com ações de GLO, mas o valor está contingenciado. No entanto, segundo ele, o descontingenciamento já foi acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma reunião. "Eu estou numa fase em que eu só acredito quando eu abrir o cofre e ver", afirmou. 

Presidente

Bolsonaro:
Alan Santos/PR
Bolsonaro: "o que podemos fazer, estamos fazendo"

O presidente Jair Bolsonaro comentou o trabalho do governo federal ao sair hoje (24) do Palácio do Alvorada a caminho de um almoço marcado com o vice-presidente, Hamilton Mourão, no Palácio do Jaburu.

“O que nós podemos fazer estamos fazendo. Se eu tivesse milhões de pessoas não conseguiria fazer prevenção. Pessoal faz queimada. É quase uma tradição da região”, afirmou Bolsonaro, destacando que, se for preciso, vai à Amazônia conferir de perto a situação.

Apoio aéreo

A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou duas aeronaves C-130 Hércules para apoio aos trabalhos de combate aos incêndios florestais. Os aviões que saem de Porto Velho (RO) já estão sobrevoando as áreas atingidas pelo fogo.

De acordo com a FAB, as aeronaves tem um equipamento composto por cinco tanques e dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião, podendo carregar até 12 mil litros de água.

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