Marcos Corrêa/PR
"Sou eu que mando", disse o presidente ao comentar a mudança na superintendência da PF

A interferência do presidente Jair Bolsonaro na troca de superintendentes da Polícia Federal irritou a cúpula do órgão e boa parte dos delegados que acompanham de perto os desdobramentos do caso ao longo da semana.

A pressão do presidente quase resultou no pedido de demissão do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, o que levou Bolsonaro, em poucas horas, a amenizar o tom. Segundo um delegado que acompanha o caso de perto, Bolsonaro pressionou a direção da PF a substituir imediatamente o delegado Ricardo Saadi, na Superintendência da PF no Rio, porque estava descontente com uma investigação no órgão.

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Após declarar que Saadi deixaria a Superintendência da Polícia Federal no Rio por problemas de “gestão” e “produtividade” e de uma nota oficial da corporação negar que este será o motivo da troca, o presidente recuou na sexta-feira da tentativa de emplacar Alexandre Silva Saraiva, superintendente no Amazonas, para a vaga, pouco depois de dizer que “quem manda” é ele.


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