Protestos a favor de Moro e da Lava Jato acontecem em 60 cidades e 19 estados

Até as 17h30, 60 cidades de 19 estados e do Distrito Federal tinham registrado atosA maior parte dos cartazes trazem mensagens de apoio à força-tarefa da Operação Lava Jato e ao pacote anticrime de Sergio Moro. Também há quem levante bandeiras de críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

No Rio, os manifestantes se concentraram na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Os apoiadores do governo Bolsonaro estenderam cartazes e faixas de apoio à força-tarefa da Operação Lava-Jato e à pautas do governo federal.

Em Brasília, parlamentares discursaram no carro de som. A deputada Kátia Sastre (PL-SP) pediu a prisão de Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil. No mesmo lugar discursaram também o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e o deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro. 

Os protestos surgem após a publicação do vazamento de mensagens entre Moro e procuradores que participaram da Lava Jato na época em que o ex-juiz atuava na força-tarefa. Essa é a primeira vez que a população marcha em defesa ao titular da Saúde desde que os diálogos começaram a ser divulgados pelo site The Intercept Brasil  , no dia 9 de junho.

Apesar de não haver muitas informações sobre a expectativa de público por parte dos movimentos organizadores, o VPR estimou que as concentrações acontecerão em mais de 200 cidades dentro e fora do Brasil ao longo do dia.

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Em Brasília, por exemplo, o ato em prol de Moro estava marcado para às 10h, em frente ao Congresso Nacional e se encerrou por volta das 13h. Já em São Paulo, a convocação pede que todos se encontrem no vão do Masp, às 14h. Algumas imagens já começam a aparecer nas redes sociais.

Dos mesmos organizadores dos protestos pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), as manifestações previstas para hoje também recebem apoio de grupos menos expressivos. Outros temas também devem ser defendidos pelos manifestantes, como a reforma da Previdência e a aprovação do pacote anticrime do governo. 

Os atos deste domingo ocorrem na véspera de  audiência de Sergio Moro na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara , onde o ministro, mais uma vez, tentará explicar as mensagens trocadas com integrantes da força-tarefa de Curitiba. No Senado, Moro não confirmou a autenticidade das conversas e admitiu a possibilidade de deixar o cargo.