O conjunto de docinhos, acomodados na bolsa térmica da vendedora, custava R$ 2,00
João Cesar Diaz
O conjunto de docinhos, acomodados na bolsa térmica da vendedora, custava R$ 2,00


Subindo em direção à Avenida Paulista, palco da 23ª Parada do Orgulho LGBT, uma cacofonia de graves e ritmos que reverberam nos arranha-céus da região é ouvida a quarteirões de distância. O asfato colorido por glitter – vendido por R$ 10,00 – virou uma pista de dança e performances entre os 19 carros de som.

Nesta edição, a Parada LGBT traz o slogan "Nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT +" e tem como tema os 50 anos da Revolta de Stonewall, episódio violento passado em 28 de junho de 1969 no bar Stonewall Inn, em Nova York. O evento é considerado um marco mundial para a comunidade LGBTI+ porque ampliou a discussão sobre os direitos e a visibilidade do movimento gay norte-americano.

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Mais amor em SP

E não é preciso participar – efetivamente – da Parada LGBT para perceber o ambiente mais acolhedor e o tom político do evento. Desempregada, Missi Moreira, de 58 anos, foi à Avenida Paulista vender brigadeiros e definiu a Parada como "um encontro importante e maravilhoso". "É uma festa pelo espaço que eles lutaram e lutam para arranjar na sociedade", afirmou. "Sou a favor do amor, seja lá qual for. Essa é a palavra de Deus ", completou.

Sentada em uma das esquinas da Av. Paulista mais protegidas do Sol forte do meio-dia, Missi observava a Parada andar em direção à rua da Consolação "Tenho amigos, sobrinhos... um monte de gente que eu conheço lá". "É a festa deles", resume. A "tia vem às vezes para prestigiar", conta ela sobre sua presença na Parada

Religiosa, Missi não quis posar para foto por medo da reação de seus colegas de Igreja, mas — sem querer fazer desfeita — ofereceu à reportagem uma caixa com quatro brigadeiros. A redação de Último Segundo agradece!

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