Governador minimiza poder de facção no AM: 'Não temos aqui um grupo organizado'
Para o governador Wilson Lima (PSC), o massacre que deixou 55 mortos nos presídios do estado foi uma situação "anormal" e uma "briga interna"
Por iG Último Segundo | – com informações da Agência O Globo |
O governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) minimizou o poder da Família do Norte, facção cuja disputa interna resultou em um massacre com a morte de 55 detentos nos presídios do estado esta semana. Para ele, o que aconteceu foi uma situação "anormal".
Leia também: Déficit de vagas em presídios do Amazonas cresceu 76% desde massacre de 2017
Apesar de reconhecer que o massacre foi motivado por uma briga interna de um grupo criminosos que atua nos presídios amazonenses, Lima disse em entrevista ao jornal O Globo que a facção do norte não tem o mesmo poder de organização que facções paulistas e cariocas.
Você viu?
"Não temos aqui um grupo organizado dessa maneira. As situações que ocorrem aqui, da formação desses grupos, acontecem, mas não da forma como outras facções do Brasil têm se organizado", disse Wilson Lima .
O governador disse ainda que a atuação das forças de segurança do estado foi responsável por evitar o assassinato de outros 200 detentos jurados de morte.
Leia também: Familiares de presos mortos vivem clima de revolta na porta do IML de Manaus
Entre domingo (26) e segunda (27), 55 presos foram mortos dentro de três presídios no Amazonas. O massacre foi causado por uma ruptura na facção Família do Norte, que é ligada ao tráfico de drogas e uma das maiores da região.