No mesmo dia em que defensores do governo de Jair Bolsonaro (PSL) farão atos pelo Brasil para manifestar seu apoio ao presidente, moradores da periferia do Rio de Janeiro convocaram protestos contra a Polícia Militar (PM).
Enquanto o ato dos bolsonaristas, conhecidos por seu apoio aos militares, está marcado para acontecer em Copacabana, por volta das 14h deste domingo (26), o protesto contra a PM vai acontecer a poucos quilômetros dali, em Ipanema, a partir das 10h.
Organizado por moradores das favelas e periferias do Rio de Janeiro , a manifestação "Parem de nos matar" é uma tentativa de protestar contra as ações truculentas que a Polícia Militar tem realizado com essa população.
O ato, que conta com apoio de cerca de 50 movimentos sociais, exige "o fim das políticas públicas de ocupações e intervenções policiais e militares nas áreas residenciais que continuam nos matando e aos nossos familiares e amigos."
Em um evento no Facebook, os organizadores ressaltam que a data escolhida nada tem a ver com as manifestações pró-Bolsonaro , e sim com o aniversário de um mês do falecimento do gari William Mendonça dos Santos , que foi morto pela polícia com dois tiros na favela do Vidigal, e pela morte do música Evaldo Rosa dos Santos e o catador de papel Luciano Macedo, que foram mortos com 80 tiros de fuzil. A descrição do evento também cita o falecimento do estudante Lucas Brás, de 17 anos, com um tiro nas costas.
"Todos assassinados pelo estado do seu País. Dezenas de tiros saídos das armas daqueles cujo juramento e dever é proteger e servir os cidadãos brasileiros. Polícia e exército existem para garantir a segurança e a integridade física dos cidadãos, nunca para os matar", diz a publicação, que completa: "O ato vem sendo planejado há um mês e não tem qualquer relação com outras manifestações que possam vir a ocorrer na mesma data."
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A ideia para o protesto é que se forme um cordão humano desde o posto 12, localizado no Leblon, até o Arpoador.