Quando o artista plástico criou o personagem Zé Gotinha em 1986 para a primeira campanha do Ministério da Saúde para a vacinação contra o vírus da poliomelite, o brasileiro se viu diante de um boneco que cairia durante muito tempo nas graças das crianças e ajudou a praticamente abolir a doença no País. O que não se imaginou é que o sucesso da figura motivaria outros mascotes. Alguns alegres e de acordo com a conscientização que a campanha propõe. Outros bem bizarros e até divertidos.
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A influência do Zé Gotinha é clara. Os nomes dos mascotes - quase sempre relacionados com a causa - costumam trazer o objeto da campanha e estar no diminutivo. o Último Segundo selecionou alguns que deram o que falar no Brasil.
Senhor Testículos
Poucos mascotes abalaram tanto a internet como o Senhor Testículos. Cria da Associação de Assistência às Pessoas com Câncer (AAPEC), o personagem surgiu em 2013 para conscientizar os moradores do Leste de Minas Gerais sobre as prevenções necessárias contra o câncer nos testículos.
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Replante, Reuse, e Recicle
A prefeitura de Itupeva, interior de São Paulo, queria comemorar o Dia Mundial da Reciclagem. Para isso, lançou campanhas nas escolas municipais e contou com o auxílio de professores para ensinarem os alunos sobre a importância do reaproveitamento do lixo. Qual a melhor forma de atrair a criança? A publicidade da prefeitura achou que seriam com super-heróis. Surgiram o Replante, a reuse e o Recicle, os heróis do lixo!
Farolito e Faixolita
Não é só lixo que preocupa as prefeituras. A questão do trânsito dá dor de cabeça para muitos prefeitos e nada como uma campanha de conscientização. Em 2018, Jundiaí, interior de São Paulo, usou os mascotes Farolito e Faixolita nas comemorações da Semana Nacional do Trânsito. As crianças adoraram. Os adultos tiraram sarro.
Você viu?
Canito
E quando a prefeitura cria Jogos Regionais e quer um mascote que lembre os moradores sobre a virtude da cidade? Essa foi a a ideia do prefeito de Santa Bárbara D'Oeste, interior de São Paulo, cidade conhecida pelas plantações de cana de açúcar. Conheça o Canito, criado em 2018, mesmo ano em que o Canarinho Pistola fez sucesso durante a Copa do Mundo.
Chaminha
Imagine a seguinte história: você faz parte da área de comunicação de um hospital que cuida de crianças atingidas por queimaduras. Quer tornar a situação dos pacientes mais alegre apesar dos problemas e cria um mascote. Como seria esse personagem? Com certeza não seria com cara de mau, certo?
O Chaminha, criação da Fundação Hospitalar de Minas Gerais, tem tudo que um mascote que visita crianças vítimas de queimadura não pode ter.
Dezinho
O Rio de Janeiro vivia um de seus maiores surtos de dengue da história em 2017. A Secretaria Estadual de Saúde decidiu criar personagens para mostrar a importância do combate ao mosquito aedes Aegypti e focou no garoto Dezinho. O problema é que o boneco ficou muito grande e virou exemplo de mascote malsucedido.
Carteirito
Criado em 2016, o mascote dos Correios já teve diversas versões, mas foi sua participação no Brasil Open de 2017 que chamou a atenção. O rosto está desfigurado e as mãos desproporcionais com o corpo. De qualquer forma, o mascote ganhou o público ao se divertir com tenistas do mundo inteiro.
PM Amigo Legal e Leão Daren
O Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) foi criado em 1992 pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e, a partir de 2002, se estendeu para todos os Estados do Brasil. A campanha tem dois mascotes: o PM Amigo Legal e o Leão Daren.
Recrutinha
O Exército Brasileiro também tem o seu mascote. O Recrutinha tenta personalizar a imagem do militar, ajudando as pessoas, cabelo estilo raspado e a farda típica dos militares brasileiros. Ele nasceu primeiro em uma revista de história em quadrinhos e depois se espalhou por todo o Brasil com mascotes em vários Estados.