Após primeiro decreto de Bolsonaro, registro de armas no Brasil cresceu 10%

Dados do primeiro trimestre de 2019 mostram que número de licenças subiu de 8,6 mil para 9,5 mil; novo decreto ainda pode ser alterado na Câmara

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Flexibilização de posse e porte de armas era uma promessa de campanha de Jair Bolsonaro

Após o primeiro  decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a posse de armas, editado em janeiro, o número de registros para civis no Brasil aumentou cerca de 10% este ano. De janeiro a março de 2019, foram 9.506 licenças, contra 8.646 no mesmo período do ano passado, segundo dados da Polícia Federal (PF) obtidos via Lei de Acesso à Informação.  

Na avaliação dos grupos pró-armas, o crescimento registrado foi pequeno e o decreto assinado em janeiro se mostrou limitado. Com a medida desta semana, que estendeu o direito ao porte a 20 categorias, a aposta é de que haverá uma corrida às lojas de armas .

Após o decreto de janeiro, o estado líder de pedidos deixou de ser o Rio Grande do Sul, que estava à frente nos últimos quatro anos. Até agora, em 2019, Minas Gerais assumiu a dianteira.

Novo decreto

Na última quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro assinou outro decreto facilitando a concessão de portes e posse de armas. A nova medida amplia a variedade de profissionais que têm direito ao porte, libera a importação de armamento e dá direito a proprietários rurais usarem a arma em toda a propriedade, além de flexibilizar o acesso de menores de idade a clubes de tiro.

Após críticas, o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros informou que  Bolsonaro não pretende alterar o decreto de armas . O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no entanto, afirmou que ele pode ser derrubado por conter irregularidades constitucionais.