Prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB-RR) se reuniu com deputados que visitaram a região, entre eles, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
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Prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB-RR) se reuniu com deputados que visitaram a região, entre eles, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

Teresa Surita (MDB), prefeita de Boa Vista, Roraima, a capital brasileira que recebe o maior número de imigrantes que deixam a Venezuela por conta da crise no país governado por Nicolás Maduro, disse em entrevista ao Globo que o número de pessoas que atravessou a fronteira com o Brasil chegou a 911 na semana passada, com a eclosão de mais uma crise no país vizinho . Segundo Teresa, a média é de 300 a 500 pessoas em dias “tranquilos”.

Responsável pela administração da cidade onde 70% dos venezuelanos que entram no Brasil permanecem, a prefeita de Boa Vista teme que o fluxo de imigrantes aumente quando a fronteira do lado venezuelano for reaberta. A prefeita comemorou a medida provisória editada por Jair Bolsonaro (PSL) que destina R$ 233 milhões para operações de “apoio” à Venezuela.

"Sem o Exército para esse atendimento, a situação da cidade fica incontrolável", disse.

Teresa forneceu dados que mostram o impacto da crise na Venezuela em seu governo: 10% dos beneficiários do Bolsa Família de Boa Vista são venezuelanos, mais de 80% das crianças atendidas no principal hospital infantil da cidade são venezuelanas e 11% do ensino básico público é ocupado por venezuelanos.

Em janeiro, Teresa pediu ao Ministério da Saúde o aumento de recursos para o hospital infantil da cidade devido ao aumento do número de atendimentos com a chegada dos imigrantes, mas ainda não teve retorno.

"Eu não fico pedindo porque sei que a situação está complicada", afirmou. Na semana passada, Teresa se reuniu com a comissão de deputados que visitou a região,  entre eles um dos filhos do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Segundo a prefeita de Boa Vista , ele relatou que há um esforço do governo para aumentar o número de médicos em Roraima em andamento. A ideia do governo é que médicos formados no exterior que consigam revalidar o diploma no Brasil sejam direcionados para regiões como Roraima.

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