General Paulo Chagas
Reprodução/Facebook
General Paulo Chagas

O general da reserva Paulo Chagas começou a quarta-feira com um comentário irônico sobre a decisão do ministroAlexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que determinou o bloqueio das contas dele em redes sociais. "Informo que, até agora e em momento algum, minhas redes sociais foram bloqueadas. Colho o ensejo para agradecer todas as manifestações de apoio que tenho recebido", escreveu o general no Twitter por volta das 8 horas. 

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Numa entrevista ontem ao jornal O Globo , Chagas disse que não é "cagão e, por isso, não iria retirar comentários que vinha fazendo nas redes sociais contra o STF. O general é um dos alvos centrais do inquérito aberto no STF para apurar ameças, ataques e difusão de fake news contra ministros e contra o próprio tribunal. Logo depois de anunciar que continua com as contas desbloqueadas, Chagas agradece ao apoio que estaria recebendo dos amigos. 

Sete horas depois, os comentários acumulavam apoio de 17 mil internautas. No despacho, em que determinou o bloqueio das contas no Twitter, Facebook e Instagram de Chagas e mais outros seis investigados, Moraes afirma que o general vinha fazendo "propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política e social com grande repercussão entre seguidos". O ministro afirma ainda que, em pelo menos uma vez, o general "defendeu a criação de um Tribunal de Exceção para julgamento dos ministros do STF ou mesmo para substituí-los.

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Por ordem de Moraes, a Polícia Federal apreendeu ontem um laptop no apartamento do general , em Brasília. A determinação era para que a polícia recolhesse também o celular de Chagas. Mas, como ele não estava na capital federal, a polícia não apreendeu o equipamento. O general estava em viagem à Campinas e retornaria a Brasília nesta quarta-feira. 

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