O presidente Jair Bolsonaro completa nesta quarta-feira (10) seus 100 primeiros dias de governo. A data é um marco importante na avaliação do que foi feito até agora. Além disso, o presidente também estipulou 35 metas que deveriam ser cumpridas até hoje, mas 16 ainda estão em fase de implementação e sete delas não chegaram a sair do papel.
As metas englobam os mais diversos temas e tem variados graus de dificuldades. Em entrevista na última semana, o presidente chegou a afirmar que conseguiria entregar cerca de 95% do que foi estipulado, e que os outros 5% ficariam bem próximos da conclusão. No entanto, em uma análise mais profunda e minuciosa dos temas, é possível comprovar que os números são bastante diferentes , e pesam contra o parecer dado pelo presidente.
O que você precisa saber sobre os 100 primeiros dias do governo Bolsonaro
- As metas de Bolsonaro na economia: muito discurso e poucos planos concretos
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Herança de Michel Temer, leilões são marco do início da gestão do PSL
- Fora da economia, no campo social, dois terços das metas estão paradas ou ainda em andamento
- Cultura passa longe de ser prioridade nos primeiros meses da gestão Bolsonaro
- Prioridade dos eleitores, saúde foi coadjuvante nos primeiros 100 dias de Bolsonaro
- Polêmicas, descontrole pelas redes sociais e excessos marcaram trajetória inicial do presidente
Determinado a aprovar a reforma da previdência
e a reverter a queda de popularidade que interfere diretamente em seu governo, Bolsonaro deve trocar a prioridade de suas viagens nas próximas semanas. Nos primeiros 100 dias de governo
, sua atuação foi restrita ao DIstrito Federal, a poucas visitas ao Sudeste e às agendas internacionais na Suíça, Estados Unidos, Chile e Israel. A partir de agora, a comitiva presidencial deve visitar estados do Sul, Nordeste e Norte em busca de apoio a suas propostas e em busca da boa avaliação de governo perdida.
A última pesquisa divulgada pelo Datafolha revela que o índice de aprovação dos 100 primeiros dias de governo de Bolsonaro é semelhante ao de reprovação, com um terço da população cada. No entanto, 61% dos brasileiros acreditam que ele fez menos do que se propôs nesse período e 39% o classificaram como "pouco inteligente".