Feminicídio e violência são pautas de diversos protestos ao redor do Brasil no Dia Internacional da Mulher
Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil
Feminicídio e violência são pautas de diversos protestos ao redor do Brasil no Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher foi marcado nesta sexta-feira (8) por protestos em ao menos 45 cidades brasileiras, incluindo 17 capitais. Os atos da Marcha Mundial das Mulheres defendem o fim da violência, o respeito aos direitos civis e direitos reprodutivos e sexuais.

As imigrantes e refugiadas, as mulheres com deficiência, a questão da representatividade política, além do respeito aos direitos do público LGBTQIA+ estavam entre as bandeiras das manifestações deste Dia Internacional da Mulher.

 A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), cujo assassinato completa um ano sem solução no dia 14, também foi homenageada. A maior parte da agenda que motivou a mobilização no Brasil coincidiu com os pleitos que levaram às ruas mulheres de outros países nesta data.

No caso brasileiro, o movimento também contestou a reforma da previdência. Ganhou destaque ainda a luta pela democracia, pelos direitos dos povos indígenas e por uma educação não sexista, princípios defendidos, no final do mês passado, pela então representante da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Nadine Gasman, pilares da igualdade de gênero.

Relatórios recentes, produzidos  por diferentes fontes, mostram que, embora as bandeiras da marcha sejam idênticas de um ano para o outro, é necessário manter os temas em discussão. De acordo com levantamentos condensados no site Violência contra as Mulheres em Dados, pelo Instituto Patrícia Galvão, a cada minuto, nove mulheres foram vítimas de agressão, em 2018.

No mundo, mulheres foram às ruas para pedir igualdade de direitos e combate à violência. Na Espanha, houve uma paralisação que atingiu diversos setores. O ato foi respaldado pela Justiça e pelos sindicatos, ou seja, as trabalhadoras de setores, como a educação, cuidados e consumo, têm o direito de fazer greve neste dia sem serem penalizadas.

Apesar disso, a maioria dos setores não parou de funcionar. Na imprensa, é possível perceber que apenas homens trabalharam na produção e na apresentação das notícias desta sexta-feira. O mesmo é visto, em alguns canais e estações de rádio, nos programas de entretenimento. Nas universidades, as aulas foram canceladas.

Essa foi a segunda greve geral feminista já ocorrida na Espanha. No ano passado, milhões de mulheres aderiram e fizeram da greve a maior manifestação no mundo pelo dia 8 de Março.

Protestos também foram registrados em Hong Kong. na Alemanha, no Quênia, na Índia, na Coreia do Sul e em Israel. Neste último, integrantes do movimento progressista "Mulheres do Muro" convocaram um protesto que iria acontecer no famoso Muro das Lamentações, local sagrado para os judeus, na cidade velha de Jerusalém.

Porém, o ato foi interrompido por organizações ultra-ortodoxas femininas, que obrigaram as feministas a se deslocarem para um outro ponto do muro. De acordo com o Times of Israel , não houve registro de violência nessa negociação entre as progressistas e as ultra-ortodoxas.

O Dia Internacional da Mulher também contou com atos nos Estados Unidos e em uma série de países europeus e da América Latina – onde o tema ganhou maior aderência após as manifestações com o tema "Ni una a menos", promovidas há alguns anos.

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