O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta sexta-feira (1º), que o Brasil está pronto para trabalhar pela legitimação internacional do governo do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e para mostrar a total ilegitimidade do regime do presidente Nicolás Maduro. O Chanceler, entretanto, descartou uma intervenção. De acordo com o chanceler, a articulação com outros países acontece no âmbito do Grupo de Lima.
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Segundo Ernesto Araújo , seria uma conversa para que os outros países entendam o que está acontecendo na Venezuela e reconheçam, nos organismos internacionais, os representantes do governo Guaidó como legítimos do país.
“[O Brasil vai atuar] para ajudar uma transição pacífica, mas não vai interferir nessa negociação entre diversos atores venezuelanos”, assegurou,
O chanceler também negou qualquer tipo de negociação direta do Brasil com Nicolás Maduro .
“Tratativas entre eles, é uma decisão deles. [Faremos] qualquer coisa que facilite uma solução, mas sempre em coordenação com Guaidó, como governo legítimo”, acrescentou.
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Sobre a visita de Guaidó ao Brasil, Araújo disse que foi muito positiva e que o presidente interino mostrou sua capacidade de liderança e seu compromisso com a transição democrática na Venezuela.
“Ficamos mais confiantes na capacidade do presidente Guaidó de ser o centro desse avanço rumo à democratização da Venezuela”, disse.
Para o chanceler brasileiro, o Brasil receber Guaidó como presidente interino já é uma sinalização para a opinião pública que ele é uma alternativa séria ao regime de Maduro.
“Essa é uma imagem que vai passando, as pessoas vão entendendo o descalabro do absurdo que está havendo na Venezuela, e que a liderança [dele] é capaz de transformar aquilo num país de verdade de novo, que essa é a única via”, ressaltou Araújo.
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Ernesto Araújo confirma a ajuda humanitária
De acordo com Araújo, o Brasil continua disposto a proporcionar ajuda humanitária aos venezuelanos. No último sábado (23), houve uma tentativa frustrada de entrega de alimentos e insumos na fronteira, em Pacaraima, Roraima. Os alimentos que voltaram, segundo o chanceler, têm um prazo de validade longo e continuam a disposição, mas um novo cronograma de entrega ainda depende de articulação na fronteira.
O chanceler se reuniu na manhã desta sexta-feira(1º) com o vice-presidente Hamilton Mourão para tratar da próxima reunião da missão Brasil-China. De acordo com ele, esse encontro não acontece desde 2015 e os dois países querem retomar essa cooperação. No Brasil, a missão é presidida pelo vice-presidente da República.
Ernesto Araújo confirmou ainda as viagens do presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, Chile e Israel. O encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump, deve acontecer ainda este mês.
*Com Agência Brasil