O Sindicato dos Metroviários de São Paulo informou no jornal da organização, o Metronews, e em seu perfil no Twitter que os funcionários das linhas 4 amarela e 5 lilás podem paralisar suas atividades nesta sexta-feira (1). Os trabalhadores realizarão nova assembleia nesta quinta-feira (28) para votar a possível greve de amanhã.
Leia também: Mulher fica com seio preso na porta de metrô do Rio de Janeiro
Segundo o Sindicato dos Metroviários , os funcionários das duas linhas se reuniram no dia 22 de fevereiro, quando decretaram estado de greve e paralisação para a sexta seguinte. Ambas as linhas funcionam em esquema de concessão e são operadas, respectivamente, pela ViaQuatro e a ViaMobilidade, as duas controladas pela CCR.
Os metroviários afirmam que tentam há meses abrir negociações com as empresas, mas não obtiveram sucesso. Eles demandam um acordo coletivo que atenda suas reivindicações.
De acordo com os trabalhadores do Metrô , as condições de serviço nas linhas privatizadas são ruins, com acúmulo de funções e jornadas exaustivas. Ainda segundo eles, as condições pioram durante o carnaval, quando a carga-horária fica ainda mais extensa.
Leia também: Vídeo mostra criança correndo do colo da mãe antes de ser morta no Metrô de SP
A linha amarela liga a zona oeste ao centro, indo da estação São Paulo-Morumbi à Luz. Já a linha lilás percorre a zona sul da capital paulista, do Capão Redondo à Chácara Klabin. Caso seja aprovada a greve, os dois trechos devem ficar sem operação, o que deve afetar também usuários de todas as outras linhas de metrô e da linha 9 esmeralda da CPTM.
Os funcionários das linhas privatizadas nunca aderiram às greves de metroviários anteriores. Apenas em fevereiro os metroviários já anunciaram duas outras possíveis greves , mas nenhuma se concretizou . Anteriormente, os trabalhadores das outras linhas protestavam contra a demissão do operador de Trem Joaquim José, além das condições de trabalho.
O Sindicato dos Metroviários chegou a divulgar detalhes de uma cobrança de esclarecimentos realizada no segundo semestre de 2018. O diretor de assuntos corporativos do Metrô, Alfredo Falchi Neto, reconheceu a falta de itens como vestiários e equipamentos para os funcionários realizarem suas refeições e prometeu, em resposta assinada em 15 de outubro, que as carências seriam resolvidas.