A fronteira terrestre entre a Venezuela e o Brasil, em Roraima, já está fechada. É o que informou o governador do estado, Antonio Denarium (PSL), segundo o qual tanques de tropas do regime Nicolás Maduro chegaram ao local por volta das 15h30 da tarde desta quinta-feira (21).
A medida atende a determinação do presidente venezuelano , que estipulou prazo até as 21h desta noite para o fechamento da fronteira com Roraima . A resolução foi uma resposta ao anúncio do governo brasileiro em enviar alimentos e medicamentos ao país, atendendo a pedido de Juan Guaidó, opositor de Maduro que se autodeclara presidente da Venezuela – e é reconhecido por países como os Estados Unidos e o Brasil.
Denarium disse, ao jornal O Estado de São Paulo , que, apesar do gesto de Nicolás Maduro , a ajuda humanitária do Brasil aos venezuelanos não deve ser interrompida. "Se a ajuda vai atravessar a fronteira, isso ainda não está definido", disse. "A ajuda pode ser feita do lado de cá da fronteira", complementou, explicando que há mais de 5 mil venezuelanos vivendo nos municípios de Boa vista e Pacaraima.
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O governador roraimense está em Brasília, onde participou hoje cedo de reunião com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Ruy Carlos Pereira. Um dos assuntos tratados foi justamente a ajuda humanitária aos venezuelanos, o que foi discutido ainda antes do anúncio de Maduro.
No início da noite, o porta-voz da Presidência, Otávio Santana do Rêgo Barros, assegurou que a operação para entrega de insumos aos venezuelanos será mantida, bem como as ações da Operação Acolhida, que envolve as Forças Armadas.
Nessa quarta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) exaltou a logística traçada para disponibilizar insumos ao "presidente encarregado" venezuelano, Juan Guaidó .
A força-tarefa anunciada na terça-feira (19) pelo Planalto envolve, além do Itamaraty e da Agência Brasileira de Cooperação, a Casa Civil da Presidência e os ministérios da Defesa, Agricultura, Cidadania, Saúde e do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros órgãos.
A operação é realizada em cooperação com o governo dos Estados Unidos e prevê que caminhões enviados por Juan Guaidó retirem os insumos enviados pelo governo brasileiro às cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima .