O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (21) o fechamento "total e absoluto" da fronteira com o Brasil "até novo aviso". A medida passeria a valer às 20h (horário de Caracas), 21h no Brasil, com o objetivo impedir a entrada de ajuda humanitária internacional no país pelo estado de Roraima. O governador do estado brasileiro, Antonio Denarium, porém, afirmou que a fronteira já está fechada.
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A ação de Nicolás Maduro acontece no mesmo dia em que seu principal opositor, Juan Guaidó, informou que iria a fronteira com a Colômbia para tentar receber a ajuda humanitária ao país.
"A partir das 20h de hoje, quinta-feira, 21 de fevereiro, fica fechada total e absolutamente até novo aviso, a fronteira com o Brasil", afirmou o líder chavista.
Juan Guaidó liderará uma caravana de deputados e dirigentes da oposição que deve partir da autoestrada Francisco Fajardo, que atravessa Caracas. O local já conta com uma concentração de jornalistas e curiosos que aguardam a passagem de Guaidó.
Na quarta-feira (20), Guaidó, que é o líder da Assembleia Nacional, majoritariamente da oposição, disse estar determinado a romper o bloqueio militar imposto por Maduro.
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"A ajuda humanitária chegará por ar, por mar, por terra e assim conseguirá entrar. Precisamos abrir um corredor humanitário, aconteça o que acontecer", disse o presidente interino, referindo-se à operação agendada para sábado (23), data que impôs para a entrada de ajuda humanitária internacional.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e humanitária, com escassez de medicamentos e alimentos. A oposição liderava por Guaidó, e reconhecida por diversos países, como Brasil e Estados Unidos, pede a saída de Maduro do poder.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, reafirmouque o Brasil será responsável por uma força-tarefa que vai levar ajuda humanitária aos venezuelanos. Segundo o presidente, serão disponibilizados à população da Venezuela alimentos e medicamentos.
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Desde a eleição, Bolsonaro se posicionou como um opositor a Nicolás Maduro e apoiador de Guaidó. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já fez reuniões com o líder do parlamento venezuelano para definir apoio.