Ministros participam de reunião para avaliar situação de Brumadinho

Gabinete de crise é liderado por Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil e conta com os responsáveis por outras cinco pastas do governo

Reunião ministerial para discutir crise em Brumadinho foi comandada por Onyx Lorenzoni
Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição
Reunião ministerial para discutir crise em Brumadinho foi comandada por Onyx Lorenzoni

Terminou, no final da manhã desta segunda-feira (28), a reuniãodo gabinete de crise criado para acompanhar a situação em Brumadinho, onde ocorreu o rompimento de uma barragem, já dura quase duas horas. O ministro-chefe da Casa Civil foi o responsável pelo encontro.

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Após o final da reunião, não houve entrevista coletiva e não foi anunciada nenhuma nova medida do governo para conter a crise caudada pela tragédia em Brumadinho .

Além de Onyx , outros cinco ministros participam desse segundo encontro do grupo, no Palácio do Planalto: Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), general Santos Cruz (Secretaria de Governo), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), almirante Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Fernando Azevedo (Defesa). A primeira reunião do comitê ocorreu um dia depois do rompimento da barragem.

Antes do início da reunião, Onyx conversou com Santos Cruz e Gustavo Canuto. Canuto passou o domingo (27) reunido com técnicos e diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) analisando a situação em Minas Gerais, inclusive as condições da barragem 6, que chegou a provocar evacuação de áreas próximas, e discutindo o que deve ser feito para que novos desastres sejam evitados.

Entre preocupações destacadas por Canuto está o risco de contaminação da água do Rio Paraopeba . Mais de 40 dispositivos foram instalados para análises químicas, que devem apresentar os primeiros resultados esta semana. Há ainda apreensão sobre o curso da onda de rejeitos. Ainda que tenha sido registrado uma redução da velocidade, não há como descartar totalmente o alcance do reservatório de Três Marias, ligado ao Rio São Francisco.

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O ministro defendeu a revisão de leis e classificações de risco e pediu a colaboração de governos estatuais onde há barragens e de empresas responsáveis por esses empreendimentos.

Segundo a Defesa Civil, até o momento, já são 60 mortes confirmadas após o rompimento da barragem da Vale. 192 vítimas foram resgatadas com vida na tragédia. Por enquanto, ainda há 292 pessoas desaparecidas. Por sua vez a mineradora envolvida no caso, divulgou uma nova lista com os nomes de 297 pessoas desaparecidas em Brumadinho.

Até o final da noite de ontem, apenas 19 dos 60 mortos confirmados em Brumadinho haviam sido identificados, o que indica que parte de alguns desses desaparecidos já pode ter sido encontrada, mas ainda não foi devidamente identificada.