As autoridades da cidade de Goiânia estão mobilizadas para resolver uma série crimes misteriosos e brutais. Nos últimos dez dias, a polícia local encontrou três corpos decapitados na Região Metropolitana da capital do estado de Goiás, além de duas cabeças. A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), que lidera as investigações, afirmou que não é possível confirmar se os casos tem ligação entre si.
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A primeira cabeça foi encontrada por um pedestre na calçada de um shopping na Avenida Perimetral Norte, região norte do Goiânia
na manhã do dia 13 de fevereiro. O transeunte acionou a polícia. Já no Instituto Médico Legal (IML), a cabeça foi reconhecida pela família da vítima, mas a identidade do homem não foi revelada pelas autoridades.
Na testa da cabeça decapitada estava gravada, com cortes, a sigla "TD2", uma gíria utilizada por criminosos que significa "tudo dois" ou tudo em paz. Por conta desse detalhe, a investigação começou a trabalhar com a ligação da morte com o crime organizado.
No dia 17, um corpo decapitado foi resgatado do Rio Meia Ponte, no Setor Negrão de Lima, regial central da capital goiana. Por meio de impressões digitais, a polícia conseguiu determinar que o cadáver era da mesma pessoa cuja cabeça havia sido encontrada dias antes.
Nesta segunda-feira (21), um segundo corpo sem cabeça foi encontrado em Hidrolândia, Região Metropolitana da capital. Moradores da região acharam o cadáver e acionaram a polícia.
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No dia seguinte, uma cabeça em estado de decomposição foi achada na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, também na Região Metropolitana. A equipe da Polícia Técnico Científica esteve no local e constatou que trata-se de um homem, de aproximadamente 26 anos, e de pele morena. Ainda não se sabe se a corpo encontrado no dia 21 e a cabeça encontrada no dia 22 pertencem à mesma pessoa.
Nesta quarta-feira, um terceiro corpo decapitado foi encontrado, dessa vez no conjunto Primavera, região noroeste de Goiânia. O cadáver foi achado pela Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, que fazia buscas por um homem desaparecido. De acordo com o comandante da ação, Cláudio Carvalho, as características físicas e as roupas batem com o homem que estava sendo procurado, mas a identificaçã oficial só poderá ser feita pelo IML. Ainda de acordo com o agente, o corpo estava enterrado, mas com os braços para fora da terra.
Apesar do padrão e do pouco tempo entre a descoberta dos mortos, a DIH de Goiânia diz que não é possível afirmar que os casos têm alguma ligação. A polícia ainda não trabalha com a linha de investigação sobre um assassino em série.