Alvo de atentado neste domingo (13) pela manhã, a deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ) estava em um veículo blindado, um Toyota Corolla Branco de sua propriedade. Em entrevista coletiva após o atentado, a deputada disse ter comprado o carro por ter recebido relatos de ameaças por milicianos desde novembro do ano passado.
Martha Rocha afirmou ter sido informada, por meio do Disque Denúncia, que seria alvo de milicianos. “Recebi uma notícia do Disque Denúncia, precisamente três, de uma ameaça dirigida a mim. Um segmento da milícia planejava atingir algumas autoridades, e o meu nome vinha especificado nesta ligação”, declarou.
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Ex-chefe da Polícia Civil do estado, a deputada diz ter falado pessoalmente com Rivaldo Barbosa ( chefe da Polícia Civil até o fim do ano passado), com Gilberto Ribeiro, também da Polícia Civil, e com o presidente da Assembleia Legislativa, André Ciciliano (PT-RJ). Segundo ela, o petista a acompanhou em uma reunião com o general Braga Neto, na época interventor federal na segurança do Rio.
A parlamentar disse que naquele momento preferiu não pedir escolta pessoal, mas pediu à Polícia Civil “uma análise de risco”.
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“Eu não pedi escolta, porque o que eu desejava naquele momento era uma análise de risco para saber se o Disque Denúncia tinha ou não fundamento”, explicou.
Os tiros contra o carro em que estava a deputada ocorreu na manhã deste domingo na Penha, zona norte da cidade, quando ela se dirigia à missa acompanhada da mãe. O veículo em que estava foi interceptado por um utilitário branco. Um homem com “touca ninja” e fuzil desceu e atirou.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital (DH) e pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A polícia trabalha com duas linhas de investigação: tentativa de assalto ou atentado.
Ministério Público vai investigar atentado contra Marta Rocha
Em nota, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, lamentou o ataque. Segundo o texto, o atentado “configura-se num ato de extrema gravidade, sobretudo por tratar-se, mais uma vez, de uma parlamentar, o que representa uma tentativa de intimidação e ameaça ao Estado Democrático de Direito”.
O procurador-geral manifestou solidariedade à deputada Martha Rocha e a seu motorista, que saiu ferido do crime. Ele esclareceu que acompanhará, com rigor, a condução das investigações policiais e pôs à disposição das autoridades estaduais as equipes de investigação do Ministério Público para a “completa elucidação do caso da forma mais célere possível, como exige a gravidade da situação”.
*Com Agência Brasil