O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse neste sábado (12) que as investigações dos homicídios da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do seu motorista Anderson Gomes, estão próximas de um desfecho. Ambos foram assassinados em 14 de março de 2018, na região central do Rio de Janeiro, quando o carro em que estavam foi alvejado por criminosos. "Talvez isso aconteça até o final desse mês", afirmou.
Leia também: Delegado cuidará exclusivamente da investigação sobre o assassinato de Marielle
O governador ressaltou, no entanto, que não tem conhecimento de quem são as pessoas envolvidas na morte de Marielle Franco . “Não tenho atribuição legal para olhar os autos, que estão sob sigilo".
Witzel falou das investigações sobre a morte de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes, durante entrevista à imprensa para explicar os ajustes na administração prisional e na área de segurança pública fluminense.
Entre os ajustes, estão a nomeação do coronel da Polícia Militar, Alexandre Azevedo de Jesus, para o comando da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) e a extinção da Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública.
Leia também: Grafites em homenagem a Marielle Franco são vandalizados no Rio de Janeiro
O coronel Azevedo substitui André Caffaro de Andrade, que pediu exoneração 11 dias após a posse. André seria o primeiro servidor público de carreira da Seap a assumir o comando da secretaria, confirmando promessa de campanha de Wilson Witzel .
"O André é meu amigo. Ele estava muito motivado. Infelizmente, esta semana ele teve um problema pessoal que eu não posso aqui mencionar. Isso afetou muito a vida dele", disse o governador. De acordo com Witzel, André continuará auxiliando a gestão da secretaria na medida de suas possibilidades.
Sobre a extinção da Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública , anunciada apenas 11 dias após a sua criação. O governador explicou que a estrutura era prevista para durar seis meses e promover uma transição até que as novas secretarias da Polícia Militar e da Polícia Civil absorvessem todas as funções que eram desempenhadas pela extinta Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg).
Leia também: Que tiro foi esse? Insegurança pública matou vereadora e virou caso de ministro
A morte de Marielle Franco e de seu motorista foi o caso mais alarmante na segurança pública do Rio de Janeiro no ano passado. Somada ao aumento de mortes de policiais, o episódio levou o então presidente Michel temer a impor uma intervenção federal no estado, que se encerrou ao final de 2018.
*Com Agência Brasil