O Movimento Passe Livre (MPL) voltou as ruas nesta quinta-feira (10) para fazer uma manifestação contra o aumento das tarifas do transporte coletivo público na cidade de São Paulo. O protesto ocorre após a prefeitura e o governo do estado aumentarem a tarifa básica do transporte de R$ 4 para R$ 4,30 , uma elevação de 7,5%.
O novo valor começou a ser cobrado na última segunda-feira (7) no metrô, ônibus e trens. Os manifestantes se concentraram, inicialmente, em frente ao Theatro Municipal, na região da Sé, e partiram em passeata pelas ruas do centro da cidade. O Movimento Passe Livre critica a elevação de R$ 0,30 da tarifa em apenas um ano.
“Já não bastasse a tarifa ser injusta, como esse aumento é o dobro da inflação. Quem paga a conta da crise somos nós que, além de arcar com o desemprego e o aumento do custo de vida, somos impedidos de circular pela cidade”, destacou o movimento nas redes sociais. Um segundo ato do grupo em São Paulo está marcado para o dia 16 de janeiro.
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Segundo a administração municipal, o aumento é necessário para a “adequação da receita para reduzir o desequilíbrio do sistema”.
“O percentual de aumento é baseado na inflação acumulada dos últimos três anos, de acordo com o IPC-Fipe, de 13,06%. Por dois anos, em 2016 e em 2017, a tarifa não sofreu qualquer reajuste, mantendo-se no valor de R$ 3,80, impactando significativamente o orçamento da Prefeitura. Em 2018, houve um aumento abaixo da inflação, elevando o valor para R$ 4,00”, disse a prefeitura em nota.
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O governo do estado informou que o aumento é baseado na inflação acumulada em 2018, de acordo com o IGP-M, e que reflete também o incremento dos custos operacionais e de recursos humanos das empresas que operam na área. O Movimento Passe Livre ficou famoso após os protestos de 2013, que se espalharam pelo país. Desde então, o grupo tem mobilizado diversas manifestações contra o aumento da tarifa.