Moro cria órgão de inteligência para combater ações de facções em presídios

Diretoria de Inteligência Penitenciária vai agir para impedir que criminosos ligados a facções criminosas comandem ações de dentro das penitenciárias

Sérgio Moro cria órgão para combater açõa de facções criminosas nos presídios
Foto: Marcos Corrêa/PR
Sérgio Moro cria órgão para combater açõa de facções criminosas nos presídios


Diante dos ataques frequentes e domínio de facções criminosas dentro de presídios espalhados pelo Brasil, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, resolveu criar a Diretoria de Inteligência Penitenciária. O órgão, que será subordinado ao departamento Penitenciário Nacional (Depen), visa combater a ação das organizações prevendo os crimes.

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Já comandante do Depen, Fabiano Bordignon, que é ex-delegado da Polícia Federal, será o responsável pelas ações da nova diretoria. A ideia é atrair especialistas em seguranças e inteligência para atuarem diretamente nas penitenciárias e tirar o poder de facções criminosas sob outros detentos.

De acordo com o Ministério da Justiça, o órgão vai atuar na investigação para inibir que organizações criminosas ajam de dentro para fora das penitenciárias ou que traficantes detidos recebam informações por meio de cartas ou ligações clandestinas.

Fabiano Bordignon foi diretor da penitenciária federal de Catanduvas, uma das maiores do País e a primeira de segurança máxima inaugurada no Brasil. Por lá passaram traficantes famosos, como Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Elias Maluco.

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A ação de Sérgio Moro foi motivada após os frequentes ataques de criminosos no Ceará desde a semana passada. De acordo com as investigações, a onda de terror na região metropolitana de Fortaleza se deu em resposta de facções após o secretário de Segurança afirmar que não haveria separação especial para detentos de organizações criminosas dentro das penitenciárias.

Os criminosos considerados mais perigosos pela polícia, no momento, estão encarcerados. Desta forma, Moro acredita que ao coibir a ação destes de dentro das penitenciárias, diminui um problema trágico de segurança pública.

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Em princípio, a Diretoria de Inteligência Penitenciária vai atuar apenas em presídios federais, mas o Ministério da Justiça já estuda um plano de apresentação aos estados. Recentemente, os governadores assinaram um pacto pedindo ao ministro que presos filiados a facções criminosas sejam transferidos para penitenciárias federais.