Uma nova semana se inicia e a situação continua difícil no Ceará. Afinal, pelo sexto dia seguido, nesta segunda-feira (7), o estado vive uma onda de violência sem precedentes. Desta vez, os alvos dos criminosos foram uma loja de móveis em Fortaleza, uma estação ambiental em Icapuí, e ainda uma rádio e a Câmara dos Vereadores na cidade de Icó. Ao todo, já foram registrados 125 ataques em todo o estado, desde a última quarta-feira (2).
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Os crimes citados acima ocorreram na noite deste domingo (6) e na madrugada desta segunda-feira (7). Ou seja, mesmo depois da chegada da Força Nacional, que começou a atuar no estado na noite do último sábado (5). Ao todo, 300 homens foram enviados ao estado, por autorização do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Eles devem ficar no Ceará por pelo menos 30 dias.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que caiu o número de ataques, em Fortaleza e região metropolitana, nas primeiras 24 horas de atuação da Força Nacional de Segurança Pública em apoio às forças policiais locais. Houve 45 ataques na quinta-feira (3) e 38 no sábado. Segundo o ministério, ontem foram registrados 23.
Além disso, em resposta aos crimes que continuam acontecendo, o governo do estado informou que transferiu um dos chefes de uma facção criminosa para um presídio federal e que, nos próximos dias, vai transferir outros 19 detentos que também seriam chefes de facções. Os presídios federais seriam de segurança máxima, mas não foram identificados pelas autoridades.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 110 pessoas já foram presas por causa da onda de violência no estado, por suspeita de participação nos crimes. Outros três homens acabaram mortos em confronto com policiais. Das prisões contabilizadas, pelo menos 60 ocorreram após a chegada de tropas da Força Nacional ao estado.
Também hoje, após cinco dias funcionando com menos de 10% da frota, o sistema de transporte público em Fortaleza e região metropolitana tenta retomar a normalidade. Para garantir a proteção dos usuários, foi montado um esquema de segurança que inclui várias ações policiais.
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De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), haverá policiais dentro dos coletivos, agentes à paisana, além de escolta. Turistas que têm pacotes de viagem para Fortaleza também chegaram a pedir o cancelamento dos planos diante do quadro de aumento da violência na cidade.
* Com informações da Agência Brasil.