Atingidos pelo calor e pela poluição, peixes mortos boiam na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro
Tânia Rêgo/ABr
Atingidos pelo calor e pela poluição, peixes mortos boiam na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro


A Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) já recolheu 55,1 toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada por meio de nota à imprensa, que mostra a quantidade de peixes coletados da manhã de quinta-feira (20) até as 11h deste sábado (22).

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Nesta semana, foi registrada uma grande quantidade de peixes mortos na Lagoa Rodrigo de Freitas, que é um dos principais pontos turísticos da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação do Rio de Janeiro, houve uma redução dos níveis de oxigênio na água.

Um dos principais motivos para isso, segundo o biólogo Mario Moscatelli, especializado no estudo das lagoas do Rio, é o forte calor que vem atingindo a cidade do Rio de Janeiro nos últimos dias.

A Lagoa Rodrigo de Freitas passou por um processo de despoluição durante a preparação do Rio de Janeiro para receber os Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com biólogos, entretanto, o local ainda não possui água totalmente limpa, o que dificulta animais jovens a sobreviverem sem o auxílio de ações humanas, como oxigenação artificial do ambiente.

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Com a temperatura mais alta e menos vento, a oxigenação natural é ainda mais afetada, aumentando o risco de vida para os animais aquáticos.

De acordo com a Comlurb, quase 180 garis trabalham no local, com o apoio de quatro embarcações, para retirar os peixes. Ainda segundo a empresa, o trabalho prosseguirá até que cesse a mortandade dos animais.

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O aparecimento de peixes mortos na lagoa Rodrigo de Freitas já virou tradição do verão carioca. Todos os anos a Secretaria Municipal de Conservação é obrigada a enviar funcionários da Comlurb para fazer a retirada dos animais que estão boiando.

*Com informações da Agência Brasil

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