A Polícia Civil de Goiás indiciou o médium João de Deus, na tarde desta quinta-feira (20), por crime de violação sexual mediante fraude cometida contra uma mulher de 39 anos que buscou atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO). João de Deus nega o crime, mas a suposta vítima afirma que o abuso sexual aconteceu em 24 de outubro deste ano passado.
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A data do caso é importante porque se trata do relato mais recente de abuso sexual contra João de Deus e a própria Polícia Civil tinha declarado que a maioria dos 506 casos relatados de assédio sexual pelas mulheres poderia ter prescrito já que se tratavam de fatos ocorridos há muito tempo, às vezes, na década de 1970 e 1980.
Na denúncia apresentada pela mulher, ela afirma que notou o pênis de João de Deus para fora da calça durante o "atendimento espiritual" e disse ao médium que tinha reparado o membro exposto. Diante disso, o médium teria interrompido a sessão e pedido para que ela não contasse para ninguém sobre o suposto assédio sexual
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Com essa tipificação criminal, caso João de Deus seja condenado, ele poderá pegar de 2 a 6 anos de prisão, segundo o Código Penal Brasileiro. O médium, no entanto, ainda é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Até o momento, no entanto, apenas um dos 16 depoimentos colhidos pela Polícia Civil foi transformado em indiciamento (que é quando a Polícia consegue enquadrar uma pessoa num crime previsto pela legislação).
O Ministério Público e a Polícia Civil ainda pretendem ouvir pelo menos mais uma mulher, já que há relatos de supostas vítimas de João de Deus de seis países e vários estados brasileiros. Ele pretendem apurar também a denúncia de lavagem de dinheiro cometido pelo médium.
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Até o momento, João de Deus segue cumprindo prisão preventiva no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia conhecida como Casa de Custódia de Goiânia e não há pedido para suspensão de funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola, onde os assédios sexuais supostamente teriam acontecido.