Operação da Polícia Civil de São Paulo em conjunto com o Ministério Público do Estado (MP-SP) resultou, nesta quarta-feira (10), na prisão de homem acusado de liderar uma quadrilha que faturou R$ 400 milhões aplicando golpes contra clientes de bancos pela internet.
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O principal alvo dessa operação da Polícia Civil com o MP-SP foi identificado pelos investigadores apenas pelas iniciais P. H. B. Trata-se de criminoso de apenas 24 anos de idade que conseguiu, com o dinheiro amealhado por meio dos golpes, comprar carros de luxo no valor de R$ 20 milhões. A frota particular de P. H. B. inclui duas Ferraris, três Lamborghinis, uma Maserati, uma McLaren, uma BMW, um Audi e um Kia, todos comprados ao longo de apenas 15 meses.
Além da apreensão dos veículos e da prisão do suspeito, também foram encontrada mala com maços de dinheiro em um dos endereços que foram alvos de mandados de busca e apreensão. Foram cumpridas 11 ordens judiciais, sendo três de prisão e oito de busca e apreensão.
Segundo os investigadores, a quadrilha investigada nessa ofensiva, batizada de ' Operação Ostentação ', é considerada uma das maiores organizações criminosas que praticam golpes pela internet. O número exato de vítimas ainda é desconhecido.
O nome dado à operação tem relação direta com a vida levada por P. H. B., que é apontado como um dos maiores locadores de jatos e helicópteros de São Paulo. Em nota, o MP-SP citou que, entre as "extravagâncias cometidas" pelo criminoso, "destacam-se viagens para a Europa em jatos particulares, diárias em hotéis com valores que superam R$ 30 mil, compra de roupas e acessórios de alto valor, contratação do uso exclusivo de restaurantes famosos e o aluguel de iates".
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Investigados em operação da Polícia Civil abriram cinco empresas
De acordo com as investigações, a quadrilha abriu cinco empresas para movimentar o dinheiro obtido por meio dos golpes na internet . Uma delas ocupava um andar inteiro em prédio no Itaim Bibi, um dos bairros mais caros da capital paulista. Somente o aluguel desse espaço custava R$ 200 mil por mês.
As investigações foram conduzidas pelo CyberGaeco, grupo especial de investigação sobre crimes virtuais, e a 4ª Delegacia de Fraudes Patrimoniais por Meios Eletrônicos, órgão do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) especializado em reprimir crimes praticadas pela internet, com o auxílio de promotores de Justiça Criminais da Capital, da Grande São Paulo e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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A operação da Polícia Civil se baseia em modernas técnicas de “Task Force”, em que há efetiva cooperação entre instituições distintas, inclusive de diversos Estados da Federação. A Polícia Civil e o Ministério o Público de Tocantins, para potencializar a ação, compartilharam informações e conteúdo probatório que apontavam a existência de uma importante organização criminosa especializada em fraudes virtuais, especialmente bancárias, atuando com sede em São Paulo, notadamente na capital.