Uma megaoperação de combate ao feminicídio e homicídio (tentados e consumados) deflagrada na sexta-feira (24) prendeu 2.627pessoas em todo o país. No total, 2.968 pessoas foram detidas, incluindo 341 adolescentes apreendidos.
A ação aconteceu de forma integrada entre o Ministério da Segurança Pública e o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil. Segundo o conselho, 42 pessoas foram presas por feminicídio ; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha.
Houve ainda 640 autuações em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.
Também foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. A ofensiva contou com 7,8 mil policiais civis de todo o país.
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A megaoperação foi definida em maio pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil. Em nota, o presidente da entidade, delegado Emerson Wendt, disse que esse é o trabalho prioritário das polícias civis. Ele defende a importância operacional da investigação criminal e o quanto ela pode ser efetiva no combate à criminalidade.
Para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, essa ofensiva é o exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a violência , especialmente aquela praticada contra a mulher, e garantir as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.
As investigações também contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados.
O nome da operação está relacionado com Cronos, o grande deus do tempo na mitologia grega. A ideia é fazer uma referência a redução do tempo de vida da vítima de homicídio ou feminicídio . Ao mesmo tempo, com a prisão do autor do crime, também lhe é retirado do tempo para a prática de novos delitos.