Megaoperação de combate ao feminicídio prende 1027 em 16 Estados e no DF

Operação Cronos mobiliza mais de 5 mil policiais civis de todo o País; segundo delegado, ação resultou em mais de mil prisões

Megaoperação contra feminicídio envolve mais de 5 mil policiais civis em todo o País
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Megaoperação contra feminicídio envolve mais de 5 mil policiais civis em todo o País

Uma megaoperação de  combate ao feminicídio e homicídio (tentados e consumados) deflagrada nesta sexta-feira (24) prendeu 1027 pessoas e apreendeu 75 adolescentes em 16 Estados e no Distrito Federal.  

A ofensiva em torno do cumprimento dos mandados de prisão mobiliza mais de 5 mil policiais civis de todo o País. De acordo com projeção do presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis, delegado Emerson Wendt, mais de 1 mil prisões devem ser feitas até o final do dia. “O que estamos fazendo hoje é um esforço concentrado no combate ao feminicídio ”, explicou o delegado à Agência Brasil .

A megaoperação, batizada de Operação Cronos (em referência à "supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime"), tem o apoio do Ministério da Segurança Pública e é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis. A ação foi definida em julho, durante reunião com o ministro Raul Jungmann.

Leia também: Senado abre consulta sobre a retirada do termo "feminicídio" do Código Penal

Ação contra feminicídio envolve banco de dados com DNAs de suspeitos

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil - 01.06.16
Nome de ação contra feminicídio é referência à 'supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime'

Segundo o ministro, essa ofensiva é o exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a violência , especialmente aquela praticada contra a mulher, e garantir as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

Leia também: Casos de feminicídio no Rio de Janeiro crescem 62% em 2017

As investigações também contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados.

“Quando ocorrer um estupro, um feminicídio , é possível fazer a comparação do material genético encontrado na cena do crime com os DNAs”, disse Jungmann. “Dá velocidade, precisão, e permite a elucidação de crimes”, concluiu o ministro.

*Com informações e reportagem da Agência Brasil