Situação do Cantareira é um pouco pior do que a de 2013, antes da crise de abastecimento de água no Estado de São Paulo
Divulgação/Sabesp
Situação do Cantareira é um pouco pior do que a de 2013, antes da crise de abastecimento de água no Estado de São Paulo

A região metropolitana de São Paulo bateu o recorde de 100 dias sem chuvas e o baixo nível de alguns reservatórios tem gerado preocupação. O Sistema Cantareira, reservatório responsável pelo abastecimento de cerca de 7,5 milhões de pessoas, está com 39,7% de sua capacidade sendo que em 2013 , o ano que antecedeu a crise hídrica, ele tinha 53%.

Com o nível do Sistema Cantareira abaixo de 40%, a Sabesp deve reduzir a quantidade de água que pode retirar do manancial de 31 mil litros por segundo para 27 mil litros por segundo.

Segundo as novas regras da operação anticrise hídrica publicada pela Agência Nacional de Água (ANA) em 2017, o sistema entra automaticamente na faixa 3, de estado de alerta, quando fica abaixo de 40%. Acima de 40% até 59,9%, o estado é de atenção. Para ser considerado normal, precisa chegar a 60%.

Para o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, o meteorologista Marcelo Seluchi, a situação do Cantareira é um pouco pior do que a de 2013, antes da crise de abastecimento que resultou no uso do volume morto  do sistema. Ele ressaltou, porém, que o impacto da seca deste ano não deve atingir as mesmas proporções da de 2015.

“Não podemos classificar de crítica, mas é uma situação delicada, vai precisar de um manejo conservador dos recursos hídricos. Isso já está sendo feito e devemos contar com uma estação chuvosa que não seja tão ruim como foi em 2014. É bastante provável que isso não se repita em 2018 e 2019”, afirmou.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), áreas de instabilidade têm se deslocado do interior do estado de São Paulo em direção à faixa leste paulista nesta segunda-feira (30). No entanto, chuvas mais significativas só estão previstas a partir do dia 3 de agosto.

Sistema Cantareira chegou a nível criítico em 2014

Problema que afetava o Sistema Cantareira foi declarado como superado pelo governador Alckmin em março de 2016
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Problema que afetava o Sistema Cantareira foi declarado como superado pelo governador Alckmin em março de 2016

Em 2014, com a falta de chuvas , os reservatórios do sistema começaram a operar em níveis críticos, sendo necessário o uso das reservas técnicas, o chamado “volume morto”. Associada a medidas de racionamento, a captação dessa água extra, com instalação de equipamentos adicionais, impediu o colapso completo do abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

O problema que  afetava principalmente o Sistema Cantareira foi declarado como superado pelo governador Geraldo Alckmin em março de 2016. À época, no entanto, ainda havia reclamações de falta d´água em cidades como Mauá e Santo André, no ABC Paulista.

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