Um grupo de manifestantes ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) está em frente ao escritório do Facebook em São Paulo, desde a tarde desta quinta-feira (26), protestando contra o que o movimento acredita ser uma “censura” da plataforma ao movimento e a outras páginas e perfis “conservadores e liberais”.
Em seu perfil no Facebook, o líder do MBL , Kim Kataguiri, convocou pessoas ao protesto em fez “lives” (transmissão ao vivo) da manifestação contra a rede social. Com cartazes e bandeiras do movimento, o grupo com cerca de 50 pessoas discorda da decisão do Facebook de excluir usuários e páginas que, segundo a rede social, espalhavam fake news por meio da plataforma.
De acordo com a Agência Reuters, a maioria delas eram páginas e contas usadas para a divulgação de informações falsas por membros do movimento.
Após a divulgação da informação, o Facebook divulgou comunicado onde afirma que "após uma rigorosa investigação dos perfis envolvidos" chegou a conclusão que esses usuários estavam envolvidos em "uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação".
Ainda segundo o Facebook, essa atuação violava sua política de autenticidade, o que possibilita que a rede social apague as contas desses supostos usuários.
MBL emitiu comunicado contra decisão
Representantes do grupo publicaram em suas redes sociais que "na manhã de hoje, 25/07/2018, diversos coordenadores do Movimento Brasil Livre tiveram suas contas arbitrariamente retiradas do ar pelo Facebook. A alegação dada pela rede social é a de que se tratava de coibir contas falas destinadas à divulgação de ' fake news '."
O comunicado do movimento ainda afirmou que o "Facebook tem sido alvo de atenção internacional, por conta do viés político e ideológico da empresa, manifestado ao perseguir, coibir, manipular dados e inventar alegações esdrúxulas contra grupos, instituições e líderes de direita ao redor do mundo".
Leia também: Facebook admite que vai passar a apagar fake news da rede social
O grupo se defende dizendo que "muitas dessas contas possuíam dados biográficos" e afirmou que vai "utilizar todos os recursos midiáticos, legais e políticos que a democracia nos oferece para recuperar as páginas derrubadas."
Os líderes do MBL também comentaram sobre os questionamentos feitos à Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, quando este foi prestar esclarecimentos ao Congresso Americano sobre o caso de vazamento de dados à Cambridge Analytica e acabou respondendo também sobre a disseminação de fake news dentro da rede social.