O futuro do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), está em jogo. Isso porque a Câmara Municipal da capital fluminense – que suspendeu, extraordinariamente, o recesso – vai discutir, a partir desta quarta-feira (11), a possibilidade de dar início a um processo de impeachment de Crivella .
A votação a respeito do impeachment de Crivella deve ocorrer nesta quinta-feira (12). Porém, desde que o feriado acabou, o prefeito do Rio vive dias decisivos. Afinal, nessa terça-feira (10), pedidos de impeachment contra o prefeito começaram a chegar na Câmara.
Crivella já governa o Rio há um ano e meio. No entanto, a sua conduta tem sido questionada. Isso porque, na semana passada, o prefeito do Rio teve gravações divulgadas que o mostravam, em reunião no Palácio da Cidade, oferecendo uma série de benefícios a religiosos .
O prefeito ofereceu ajuda especial para realização de cirurgias de catarata e varizes, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para os fieis . Além disso, indicou a possibilidade de colaborar com os religiosos para a obtenção de isenção legal de pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para seus templos.
Posição dos vereadores sobre o impeachment de Crivella
Para garantir a aprovação do impeachment do prefeito, serão necessários 34 votos favoráveis a isso na Câmara dos Vereadores. Para tanto, a bancada da oposição realiza uma mobilização popular a fim de lotar as galerias da Casa, pressionando os vereadores indecisos.
Com os votos, o processo poderá ter início logo em seguida. Os parlamentares da base de Crivella, no entanto, classificam a iniciativa da oposição de eleitoreira e garantem que ela será derrotada por ampla margem de votos.
“A base aliada do prefeito é muito volúvel. Ele não tem uma base orgânica, como o [ex] prefeito Eduardo Paes tinha, de 18 vereadores. O Crivella foi eleito com apenas três vereadores de seu partido. Então, a composição de maioria na Câmara depende sempre de muita negociação”, disse o vereador Renato Cinco (Psol).
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O líder da bancada governista, vereador Dr. Jairinho (MDB), sustenta, porém, que tudo aconteceu dentro da normalidade, e que não representa motivo sério para o impeachment de Crivella . “Não tem motivação para impeachment. Isso é um processo eleitoreiro. Estão querendo fazer um palanque político", assegurou.
* Com informações da Agência Brasil.