Após o anúncio do governo federal de que autorizou o uso das forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso, o Ministério da Defesa informou nesta sexta-feira (25) que a atuação das Forças Armadas vai reforçar a ação das outras forças federais e estaduais, como Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Polícia Militar.
“As Forças Armadas
serão empregadas em reforço às ações federais e estaduais, disponibilizando meios em pessoal e material para: distribuição de combustível nos pontos críticos; escolta de comboios; proteção de infraestruturas críticas; e desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais, a fim de evitar prejuízos à sociedade”, informa a nota divulgada pelo ministério.
Os militares disseram ainda que o emprego das forças federais de segurança será realizado de forma rápida, enérgica e integrada.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto no fim da tarde desta sexta-feira (25) , o governo informou ainda que foi editada uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), válida até o dia 4 de junho. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmman, afirmou que o presidente Michel Temer poderá também editar um decreto para permitir a requisição de bens, prevista na Constituição, para que alimentos, combustíveis, medicamentos e insumos cheguem à população, em todo o país.
O ministro explicou que os militares têm o respaldo legal para assumir a direção dos caminhões dos grevistas, se assim necessário. “O artigo 5, inciso 25 da Constituição Federal permite a requisição de bens, caso se faça necessário, em condições de pilotar veículo para que o desabastecimento seja contido e voltemos a ter distribuição regular”.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou que houve redução considerável dos bloqueios de estradas em todo o país. De acordo com os números apresentados pelo governo, informados pela PRF, das 938 obstruções e interdições de rodovias, 419 já foram liberadas até este momento. Há ainda 519 pontos de interdições, já parciais, segundo o governo. O ministro admitiu que a liberação ocorre com menos velocidade do que o esperado.
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"Minoria radical"
Em pronunciamento no início desta tarde, o presidente Michel Temer criticou o que chamou de "minoria radical" de caminhoneiros e afirmou que o governo teve "coragem" para dialogar com a categoria e agora "terá a coragem de exercer sua autoridade".
"Atendemos a 12 reivindicações prioritárias que se comprometeram a encerrar a mobilização imediatamente. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo. Muitos caminhoneiros estão fazendo a sua parte, mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender a população e fazer seu trabalho. Eu quero anunciar, portanto, que de imediato vamos implementar o plano de segurança para superar os graves efeitos do desabastecimento causado por essa paralisação".
"Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo. Nós não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade. Não vamos permitir que consumidores fiquem sem produtos. Não vamos permitir que hospitais fiquem sem os insumos para salvar vidas", bradou o presidente..
"Quem bloqueia estradas, quem age de maniera radical está prejudicando a população e, saliento, será responsabilizado. Vamos garantir a livre circulação. Vamos garantir o abastecimento. O acordo está assinado e cumpri-lo é a melhor alternativa. Portanto o governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra seu papel. O governo teve a coragem de dialogar. Agora terá a coragem de exercer sua autoridade em defesa do Brasil", finalizou.
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A nota do Ministério da Defesa foi divulgada após reunião do ministro Joaquim Silva e Luna com os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, para definir as atividades a serem desencadeadas pelas Forças Armadas, a fim de possibilitar o retorno à normalidade das atividades no País. Também participaram o chefe de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e o Comandante de Operações Terrestres do Exército.
* Com informações da Agência Brasil