MPF denuncia 11 brasileiros por promoção do Estado Islâmico no País

Grupo que tentava recrutar jihadistas para lutar na Síria também falava sobre cometer atentados terroristas; jovens e crianças foram recrutados

Cinco respondem por corrupção de menores, já que o grupo teria recrutado jovens e crianças para o Estado Islâmico
Foto: Divulgação
Cinco respondem por corrupção de menores, já que o grupo teria recrutado jovens e crianças para o Estado Islâmico

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, na manhã desta quinta-feira (17), 11 brasileiros por formação de organização criminosa e por promoção do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no País.

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Essa é a primeira grande denúncia que é feito no Brasil contra suspeitos de integraram o grupo extremista. De acordo com a denúncia, os brasileiros tentaram recrutar jihadistas para lutar a favor do Estado Islâmico na Síria.

Além de reforçar a luta jihadista, os brasileiros recrutados também seriam direcionados pelo grupo a participarem de atentados terroristas no Brasil. A informação a respeito de tal denúncia foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo .

Cinco dos 11 denunciados também respondem na Justiça pelo crime de corrupção de menores. Isso porque, entre as pessoas recrutadas por esses integrantes da organização criminosa, estariam jovens e crianças.

A denúncia apresentada pelo MPF se baseia em conversas e trocas de mensagens em aplicativos e redes sociais. Tais mensagens foram interceptadas pela Polícia Federal, e a denúncia é resultado da Operação Átila – mantida em sigilo até março.

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Desde outubro do ano passado, sete pessoas foram detidas e prestaram depoimento sob condução coercitiva a respeito das mesmas questões. 

Dois dos envolvidos no ano passado permanecem presos preventivamente: são eles Jhonatan Sentinelli Ramos, de 23 anos, e Welington Moreira de Carvalho, de 46 anos.

Investigações ligadas ao Estado Islâmico

As investigações começaram em novembro de 2016, quando as autoridades espanholas notificaram as brasileiras de que alguns números de celulares do País apareciam em grupos de WhatsApp suspeitos de "promover, organizar ou integrar" o EI.

Um dos grupos identificados continha 43 integrantes e levava o nome de "Estado do Califado no Brasil ". Lá, os membros discutiram a criação de uma célula terrorista no País.

Em julho de 2016, um grupo extremista no Brasil havia declarado lealdade ao EI, em um canal na rede social Telegram, similar ao WhatsApp, e interceptado pela agência privada de contraterrorismo SITE .

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De acordo com a especialista Rita Katz, aquela tinha sido a primeira vez que uma organização anunciava aliança com o Estado Islâmico na América do Sul.

* Com informações da Agência Ansa.