Morador do oitavo andar do edifício Wilton Paes, Francisco Lemos Dantas é a segunda vítima de desabamento em São Paulo
Arquivo pessoal
Morador do oitavo andar do edifício Wilton Paes, Francisco Lemos Dantas é a segunda vítima de desabamento em São Paulo

O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (11) que foi identificada como Francisco Lemos Dantas, de 56 anos de idade, a segunda vítima do desabamento do edifício Wilton Paes, ocorrido após incêndio no dia 1º, na região central da capital paulista. Francisco trabalhava como confeiteiro e era morador do oitavo andar do prédio. Ele foi dado como desaparecido apenas na última terça-feira (8), após notificação de sua ex-cunhada.

De acordo com os núcleos de antropologia do IML e de biologia e bioquímica do Instituto de Criminalística, Francisco estava entre os restos mortais encontrados na última quarta-feira (9) pelo Corpo de Bombeiros.

O instituto já havia informado, nessa quinta-feira (10) , que os ossos encontrados pelas equipes de resgate pertenciam a um adulto – agora identificado como Francisco – e a duas crianças. Acredita-se que as crianças sejam os gêmeos Welder e Wender, de 9 anos de idade, que são os únicos menores dados como desaparecidos na tragédia do Largo do Paissandú.

Ainda seguem desaparecidos outras três pessoas: Selma Almeida da Silva, mãe dos dois meninos, Eva Barbosa Lima, de 42 anos, e Walmir Sousa Santos de 47 anos. A primeira vítima a ser identificada foi Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos de idade, que morreu após retornar ao interior do edifício para tentar salvar moradores.

Novos restos mortais e "célula de sobrevivência"

Também nesta sexta-feira, os bombeiros encontraram nos escombros do prédio, com o auxílio de uma cadela farejadora,  ossos que possivelmente pertencem a mais uma vítima do desabamento – até o momento não foi descartada a possibilidade de os restos mortais pertencerem a um cachorro ou a um gato.

As equipes que atuam nas buscas por vítimas já há 11 dias localizaram ainda uma espécie de "célula de sobrevivência" em meio aos escobros. Trata-se de uma cavidade que poderia servir de abrigo para uma vítima. O espaço ainda não foi vistoriado, mas já se sabe que a temperatura ambiente é de 35ºC. Apesar da descoberta, os bombeiros ainda tratam como "altamente improvável" a possibilidade de encontrar sobreviventes no local.

De acordo com o porta-voz da corporação, tenente Guilherme Derrite, os trabalhos de buscas e remoção dos escombros devem se estender até a semana que vem.

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