Quinta vereadora mais votada no Rio, Marielle Franco denunciava violência policial e morreu aos 38 anos de idade
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Quinta vereadora mais votada no Rio, Marielle Franco denunciava violência policial e morreu aos 38 anos de idade

O vereador fluminense Marcello Siciliano (PHS) convocou entrevista nesta quarta-feira (9) para rechaçar  denúncia sobre sua suposta participação no assassinato da também vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido na noite de 14 de março.

A acusação partiu de uma testemunha ouvida pela Polícia Civil, responsável pela investigação do caso, e foi revelada nessa terça-feira (8) em reportagem do jornal O Globo . Segundo esse depoente, Siciliano teria planejado a morte de Marielle Franco em reunião com o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, que está preso desde outubro sob a acusação de chefiar um grupo de milicianos.

Siciliano classificou as acusações como um "factoide" e levantou dúvidas sobre a credibilidade desse depoimento. "Estou sendo massacrado nas redes sociais por algo que foi supostamente dito por uma pessoa que ninguém sabe a credibilidade que tem", disse o vereador, que negou conhecer o ex-policiaal Orlando de Araújo, que está preso em Bangu.

O vereador rebateu a versão apresentada pela testemunha ouvida pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil, segundo a qual a atuação de Marielle na Cidade de Deus teria incomodado o miliciano Orlando de Araújo e Siciliano. De acordo com o parlamentar do PHS, a comunidade da zona oeste não é seu reduto eleitoral, que se concentra nos bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena.

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"Chateado e perplexo"

Siciliano se disse "chateado e perplexo" com a situação e disse acreditar que a acusação seja fruto de um incômodo provocado pela sua atuação política. "Peço que vocês me deem o direito de estar aqui, mais uma vez, quando isso for esclarecido", clamou Siciliano, que garantiu que ele e Marielle eram amigos – apesar de correligionários da vereadora terem contestado a existência dessa relação.

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março, na região central do Rio, com tiros disparados por ocupantes de um veículo que os seguia desde a saída da Câmara dos Vereadores. A principal suspeita dos investigadores até o momento é justamente a de que o crime teve relação com as milícias que atuam no Rio de Janeiro, segundo já declarou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

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*Com reportagem da Agência Brasil

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