Equipes de resgate entraram nesta quarta-feira (9) no oitavo dia de buscas por vítimas do desabamento de prédio
Divulgação/Bombeiros SP
Equipes de resgate entraram nesta quarta-feira (9) no oitavo dia de buscas por vítimas do desabamento de prédio

O Corpo de Bombeiros de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (9) a localização dos restos mortais da terceira vítima do desabamento do edifício Wilton Paes, na região central da cidade. O material foi encontrado com o auxílio de cães farejadores que atuam junto às equipes de resgate, que entraram hoje no oitavo dia de buscas por vítimas da tragédia do Largo do Paissandú.

A identidade da nova vítima ainda será descoberta a partir de exames laboratoriais nos restos mortais. Na tarde dessa terça-feira (8), os bombeiros localizaram o corpo de uma criança , que também ainda não foi identificada. Até então, permaneciam desaparecidos Selma Almeida da Silva e seus dois filhos gêmeos, Welder e Wender, de 9 anos; Eva Barbosa Lima, de 42 anos; e Walmir Sousa Santos de 47 anos.

A primeira vítima encontrada nos escombros do edifício era Ricardo Pinheiro, de 39 anos de idade, localizado na última sexta-feira (4). De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Guilherme Derrite, os trabalhos de remoção dos escombros e buscas por vítimas devem se estender ainda por mais duas semanas .


Auxílio-moradia

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os assistentes sociais cadastraram um total de 169 famílias após a tragédia do edifício Wilton Paes, mas apenas 56 famílias comprovaram que viviam na ocupação da antiga sede da Polícia Federal e receberão auxílio-moradia durante um ano, cujo valor será de R$ 1.200 no primeiro mês e de R$ 400 a partir do segundo.

Muitas das pessoas que ficaram desabrigadas após o incêndio e o desabamento do prédio passaram a noite na rua na região central da capital paulista . Em nota, a prefeitura afirmou que "a maioria das famílias originárias da ocupação foram acolhidas nos equipamentos oferecidos" pela administração municipal. 

Estratégia deve ser mantida

No último fim de semana, o tenente Guilherme Derrite destacou que, por enquanto, a operação deve continuar no mesmo formato. “A linha mestra é o resfriamento, ele tem que ocorrer. Uma mudança estratégica grande é muito difícil. O que pode ocorrer é uma ou outra alteração tática”, explicou. Entre as alterações táticas está, por exemplo, a movimentação das linhas de mangueira.

Por entre o morro de concreto, é possível visualizar parte de roupas dos sobreviventes da tragédia. O trabalho das máquinas não para e uma fumaça branca ainda sai dos escombros. “É parte do trabalho de resfriamento que está sendo feito”, explicou o porta-voz dos bombeiros .

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