Matheus Passareli Simões Vieira, conhecida como Matheusa. era estudante da Uerj e, segundo a polícia, foi executada
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Matheus Passareli Simões Vieira, conhecida como Matheusa. era estudante da Uerj e, segundo a polícia, foi executada

A família da estudante Matheus Passareli Simões Vieira – conhecida como Matheusa, devido à sua identidade de gênero – confirmou, na manhã desta segunda-feira (7), que a aluna da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que estava desaparecida há uma semana, está morta. 

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Matheusa foi assassinada em uma favela da zona norte do Rio. A estudante da Uerj foi morta por integrantes de uma facção criminosa ao entrar no Morro do 18, em Água Santa, mas o motivo do crime ainda é investigado. As informações são da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil. 

Segundo informações publicadas pela irmã da estudante, Gabe Passareli, em seu perfil numa rede social, Matheusa havia se deslocado até o bairro para fazer tatuagens em uma festa. De acordo com a irmã, ela desapareceu depois de sair do evento.

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“Também segundo informações colhidas pela DDPA, ele [seu corpo] foi queimado e poucas são as possibilidades de encontrarmos alguma materialidade, além das milhares que a Matheusa deixou em vida e que muito servirão para que possamos ressignificar a realidade brutal que estamos vivendo”, escreveu a irmã na rede social.

Pessoa LGBT

A vítima tinha 21 anos e se identificava como não-binária. Ou seja, Matheusa entendia que sua identidade de gênero não é nem de homem nem de mulher, e, sim, de uma pessoa. Por conta disso, ela sempre teve participação ativa em diferentes coletivos e grupos de pessoas LGBTs.

Além disso, ela também era aluna de artes visuais do programa público da Escola de Artes Visuais (EAV) e participou de duas performances na SP-Arte, segundo o jornal Extra . Matheusa também desenvolveu uma extensa pesquisa sobre o corpo.

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Os investigadores afirmam que a morte da jovem estudante da Uerj  aconteceu por volta das 2h30 de domingo. Porém não é clara a motivação do crime, que pode ter cunho homofóbico, conforme levantado por parte dos seus amigos e familiares – no entanto, nada comprova tal hipótese ainda.

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