Bombeiros encontraram o corpo de um dos seis desaparecidos entre os escombros do edifício Wilton Paes de Almeida
Divulgação/Bombeiros SP
Bombeiros encontraram o corpo de um dos seis desaparecidos entre os escombros do edifício Wilton Paes de Almeida

Os trabalhos de buscas por vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes, na região central de São Paulo, entraram no quinto dia neste sábado (5). O  corpo da primeira pessoa vitimada pela tragédia do Largo do Paissandu foi encontrado nessa sexta-feira (4) pelas equipes de resgate, mas ainda há cinco pessoas desaparecidas nos escombros do prédio, segundo as informações do Corpo de Bombeiros.

As equipes da corporação ainda atuam no local resfriando focos de incêndio e utilizam maquinário pesado para remover escombros e abrir caminho para as buscas. De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros , capitão Palumbo, ainda é preciso remover muito entulho para chegar ao local onde imagina-se estar as pessoas desaparecidas.

"Neste momento, estamos fazendo a seleção de escombros para a retirada. Nosso objetivo é chegar ao centro, que aí a gente consegue localizar algumas áreas de possibilidade de vítimas. Hoje, estamos próximos ao 16º pavimento, então ainda precisamos retirar de oito a dez lajes para localizar vítimas", afirmou o militar.

A área onde foi localizado o corpo de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, morto aos 39 anos de idade, é um dos pontos onde as retroescaveiras e tratores estão atuando neste sábado. Ricardo foi encontrado após a ação de cães farejadores no início da tarde de ontem. 

Na ocasião da queda do edifício, na última terça-feira (1º), Ricardo teria retornado ao interior do prédio para ajudar nos resgates. Ele chegou a colocar o cinto de salvamento dos bombeiros, mas não teve tempo para deixar o local quando o prédio ruiu. Seu corpo foi encaminhado ainda ontem ao Instituto de Criminalística.

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As cinco pessoas que seguem desaparecidas são Selma Almeida da Silva e seus dois filhos gêmeos, Welder e Wender, de 9 anos; Eva Barbosa Lima, de 42 anos; e Walmir Sousa Santos de 47 anos.

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Auxílio aos moradores

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os assistentes sociais cadastraram um total de 169 famílias após a tragédia do edifício Wilton Paes, mas apenas 56 famílias comprovaram que viviam na ocupação da antiga sede da Polícia Federal e receberão auxílio-moradia durante um ano, cujo valor será de R$ 1.200 no primeiro mês e de R$ 400 a partir do segundo.

Muitas das pessoas que ficaram desabrigadas após o incêndio e o desabamento do prédio passaram a noite na rua na região central da capital paulista . Em nota, a prefeitura afirmou que "a maioria das famílias originárias da ocupação foram acolhidas nos equipamentos oferecidos" pela administração municipal. 

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