Edifício que estava ocupado desabou no centro da capital paulista, no Largo do Paissandu, na madrugada desta terça-feira
Rovena Rosa/Agência Brasil
Edifício que estava ocupado desabou no centro da capital paulista, no Largo do Paissandu, na madrugada desta terça-feira

Uma briga de casal é, por enquanto, a causa mais provável para o incêndio que provocou o desabamento de um prédio de 24 andares, no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista, na madrugada desta terça-feira (1º).

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A informação é de um morador que disse ter visto a briga acontecer no quinto andar do edifício – onde as chamas do Paissandu começaram. A testemunha afirmou categoricamente, em entrevista ao jornal O Globo , que o casal cozinhava usando álcool como combustível, enquanto discutia.

Gabriel Archangelo, 21 anos, disse ter visto que, enquanto o casal brigava, o homem colocava mais líquido na fogueira que havia acendido. Segundo as informações passada por Gabriel ao jornal, foi aí que a mulher o empurrou. 

De acordo com a testemunha, as roupas dos dois pegaram fogo. Eles arrancaram tudo do corpo e desceram nus com os filhos pela escadaria. O casal não foi identificado.

Prédio de 24 andares desaba no Largo do Paissandu, centro da capital paulista, após ser consumido pelas chamas
Corpo de Bombeiros de São Paulo
Prédio de 24 andares desaba no Largo do Paissandu, centro da capital paulista, após ser consumido pelas chamas

Gabriel disse ainda que, a partir do início do fogo, pediu que sua mãe levasse seus 11 irmãos para baixo e correu até o décimo andar berrando “fogo, fogo!”.

De acordo com as regras da prédio, cozinhar usando álcool como combustível é expressamente proibido, justamente pelo perigo que tal líquido representa.

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As autoridades ainda não confirmaram a hipótese levantada pela testemunha e apura, junto ao Corpo de Bombeiros, quais seriam as causas do incêndio.

Prefeitura sabia do risco

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, declarou, na manhã de hoje, que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social está atendendo toda as famílias que ocupavam o edifício.

O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Felipe Sabará, afirmou à  Globonews  que mais de 90 das 150 famílias que moravam no edifício já haviam sido atendidas até às 9h de hoje , totalizando 248 pessoas auxiliadas pela prefeitura.

De acordo com Covas, o prédio pertencia à União, mas a prefeitura já havia tentado desestimular as ocupações irregulares. “A prefeitura fez o limite do que poderia fazer. Não podemos obrigar as pessoas a sair”, afirmou, em entrevista coletiva concedida pela manhã. 

Covas ainda declarou que 150 famílias que viviam no prédio e entorno do local já estavam cadastradas junto à Secretaria de Habitação, sendo que 25% dessas famílias são estrangeiras.

O prefeito e a Secretaria da Assistência Social confirmaram que as pessoas que ocupavam o edifício serão encaminhada para abrigos e depois, poderão receber um auxílio aluguel, para se reestabelecerem.

De acordo com a prefeitura, oito prédios do entorno do local, no Largo do Paissandu , têm ocupações. Bruno Covas afirmou que, em toda a cidade de São Paulo, há pelo menos uma centena de prédios invadidos.

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