Favela da Rocinha, em São Conrado, tem sido palco de recorrentes tiroteios desde o segundo semestre do ano passado
Fernando Frazão/Agência Brasil -18.9.17
Favela da Rocinha, em São Conrado, tem sido palco de recorrentes tiroteios desde o segundo semestre do ano passado

A favela da Rocinha, localizada na zona sul do Rio de Janeiro, voltou a ser palco de intenso tiroteio entre policiais e criminosos na manhã desta segunda-feira (26). Um suspeito foi baleado durante o confronto e acabou morrendo após ser socorrido ao Hospital Miguel Couto, localizado na Gávea. Essa já é a nona morte em tiroteios na comunidade desde o último fim de semana .

De acordo com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o tiroteio ocorreu quando os policiais acessaram a localidade do 199, na parte alta da favela da Rocinha . A Polícia Militar alega que, com o suspeito que acabou morto, foi apreendido um fuzil calibre 5,56. A ocorrência foi levada ainda nesta manhã para registro na delegacia.

Também nesta manhã, equipes do Bope realizaram ação nas comunidades Bateau Mouche e Chacrinha, ambas na Praça Seca, na zona norte da capital fluminense. Segundo informações do aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), também houve registro de trocas de tiros naquelas regiões.

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Divulgação/PMERJ

Fuzil apreendido durante ação do Bope na favela da Rocinha nesta manhã

As operações realizadas nesta manhã não contam com o apoio das Forças Armadas, que atuam no Rio de Janeiro por conta da intervenção federal no estado.

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Violência marca Rocinha desde setembro

A rotina de violência e tiroteios entre policiais e criminosos no Rio de Janeiro deixou oito mortos na favela da Rocinha somente no último sábado (24). O Batalhão de Choque da Polícia Militar informou na ocasião que foi "surpreendido" por pessoas armadas e "teve de reagir".

Por outro lado, moradores da comunidade relataram que as vítimas se renderam, mas, ainda assim, foram executadas pelos policiais. Segundo nota da Polícia Civil, seis pessoas chegaram a ser levadas para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiram.  No ínicio da tarde de sábado, outros dois corpos foram transportados por moradores até a passarela que liga a favela à Vila Olímpica, onde ficaram até a chegada dos peritos. Nenhum policial foi ferido durante a operação. O episódio está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

Segundo a nota da PM, a ação contínua na Rocinha, desde setembro do ano passado, levou à prisão de 105 suspeitos e à morte de 48. No período, de acordo com a PM, 22 jovens infratores foram apreendidos, dois policiais foram mortos em confronto e oito ficaram feridos.  Nesse período, houve ainda a morte de uma turista espanhola pela própria polícia , que alegou que o veículo em que ela estava furou o bloqueio policial. Um morador também foi morto e outros 10 ficaram feridos. Foram apreendidos no período 39 fuzis, 3 submetralhadoras, 6 espingardas calibre 12, 65 pistolas, 71 granadas e mais de duas toneladas de drogas.

*Com informações da Agência Brasil


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