As Forças Armadas em conjunto com as polícias Civil e Militar realizam nesta terça-feira (20) uma operação na comunidade Kelson’s , na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Os agentes ocupam todo o local em busca de criminosos, inclusive, a Marinha faz um cerco pela água. A ação teve início na noite da segunda-feira (19), com a ocupação do Arco Metropolitano e de rodovias que passam pela cidade, como a BR-116, e é considerada a maior desde a vigência do decreto da Garantia da Leia e da Ordem (GLO), de julho do ano passado.
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Desde o início da manhã de hoje, equipes dos batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope), de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) também atuam na comunidade Kelson’s. Até o momento, não há informações sobre presos e feridos no local. A Secretaria de Estado de Segurança afirmou que a operação já estava programada para acontecer antes do decreto presidencial de intervenção na segurança do Rio de Janeiro
pelas Forças Armadas, assinada pelo presidente Michel Temer no dia 16 de fevereiro.
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Em entrevista ao Bom Dia Rio,
o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Roberto Itamar, destacou que há ainda uma terceira linha de ações nos acessos aos Complexos do Salgueiro, em São Gonçalo, e do Chapadão e Pedreira, na Zona Norte.
Intervenção federal na cidade
Após a aprovação do decreto da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro pela Câmara dos Deputados na noite de ontem, com 340 votos favoráveis e 72 contrários, o plenário do Senado irá analisar o texto nesta terça-feira (20). O início da votação está previsto para as 16h de hoje, segundo a agenda do presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), e precisa de 41 votos para passar pela aprovação.
Com a intervenção, o governo federal afirmou que deve remanejar recursos de outras áreas para investir nas Forças Armadas, caso o Exército precise de mais dinheiro para atuar na cidade. De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a medida é necessária já que o Orçamento de 2018 está no limite do teto de gastos. Meirelles disse na segunda-feira (19) que o governo está analisando com o Exército se há necessidade de aportes adicionais, além dos já previstos no Orçamento deste ano. Esses recursos podem ser usados, por exemplo, para combustível ou armamento a ser usado no Rio de Janeiro.
*Com informações do O Dia e Agência Brasil