Frentes sindicais promovem nesta segunda-feira (19) uma série de protestos contra a proposta de reforma da Previdência que tramita na Câmara dos Deputados. Os atos ocorrem em diversas cidades pelo País e contam com passeatas e greves. Em São Paulo, parte das escolas municipais estão sem aulas devido à paralisação de professores e há manifestação agendada para ocorrer às 16h na Avenida Paulista.
Um grupo de manifestantes contrários à reforma da Previdência chegou a incendiar pneus e a bloquear a Via Dutra na altura do quilômetro 212, no sentido São Paulo, em Guarulhos. O fogo foi apagado ainda pela manhã e a pista foi liberada, mas os efeitos do bloqueio ainda se refletem no congestionamento na rodovia, que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro e somava dez quilômetros de lentidão por volta do meio-dia.
Ainda em Guarulhos, os serviços de transportes foram afetados devido à paralisação de motoristas e cobradores de ônibus nas primeiras horas do dia. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma das responsáveis pelos atos desta manhã, os ônibus não saíram das garagens de ao menos quatro empresas no início desta manhã.
No ABC Paulista, as saídas dos terminais metropolitanos de São Bernardo do Campo e de Santo André foram bloqueadas por grevistas, impedindo a circulação de trólebus da empresa Metra. Também em São Bernardo, os funcionários da fábrica da Ford cruzaram os braços e não trabalham nesta segunda-feira.
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Greve dos bancários e impacto no trânsito
Como parte da agenda de protestos contra a reforma, bancários de todo o País decidiram entrar em greve e as agências estão fechadas nesta segunda-feira. Ainda não há balanço sobre o alcance da paralisação dos trabalhadores.
Os vários protestos que ocorrem na região metropolitana de São Paulo impactaram no trânsito da capital paulista nesta segunda-feira. Os registros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontaram congestionamento acima da média para o dia e horário por volta das 9h. Às 10h, a cidade somava ao menos 73 quilômetros de lentidão.
Além da reforma da Previdência, que propõe um pacote de alterações nas regras para o acesso à aposentadoria, as centrais sindicais que organizam os protestos desta segunda-feira também criticam o decreto de intervenção militar no Rio de Janeiro
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